A Assembleia Municipal das Caldas vai reclamar ao governo e à Assembleia da República as medidas legislativas necessárias para a reposição das freguesias extintas em 2012. A moção, proposta pela CDU e aprovada por maioria, pretende que todo o processo esteja concluído até ao ato eleitoral de 2021.
Durante o debate, os deputados do PS defenderam que as populações, assim como as assembleias de Freguesia, deveriam ser ouvidas. Também o PSD se mostrou favorável à reposição, se for essa a vontade das populações, lembrando que foram razões de ordem financeira, impostas pela troika, que levaram à agregação.
O presidente da União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e S. Gregório, Vítor Marques, explicou que está a ser criada uma lei para as novas freguesias e apelou ao bom senso e avaliação dos novos critérios para posterior decisão.
De acordo com o deputado comunista, que levou o documento a votação, Vítor Fernandes, no concelho há dois casos concretos – Serra do Bouro e Salir do Porto- que, por razões históricas, gostariam de reaver a sua autonomia. Já Arnaldo Custódio, presidente da União de Freguesias de Tornada e Salir do Porto considera a desagregação das freguesias “precipitada sem qualquer fundamento”, enquanto que o deputado centrista, Duarte Nuno, defende que o “regresso ao passado não é solução” e que, sendo bem feita, a agregação permite um aumento de recursos. Ambos votaram contra.
O presidente da Câmara, Tinta Ferreira, corroborou da opinião de que deve ser a população a decidir, numa discussão que tem que ser nacional.