A reabilitação da farmácia do CHO, que permitirá a construção do Laboratório de Citotóxicos, orçada em 150 mil euros, está em fase de apreciação do Infarmed e está previsto que o concurso para a sua concepção e construção decorra no primeiro quadrimestre do próximo ano, sem que ainda se saiba, contudo, onde ficará situada. As informações foram dadas pelo ministério da Saúde aos deputados do Bloco de Esquerda (BE), que questionaram a tutela sobre os problemas deste centro hospitalar depois de uma visita à unidade caldense.
O prazo para construção da farmácia é reduzido, dado o tipo de construção e materiais de revestimento. Esta obra permitirá ao CHO dispor de uma única câmara de fluxo laminar, que dará resposta às várias unidades do centro hospitalar, explica a tutela.
De recordar que o serviço farmacêutico do CHO estava equipado com duas câmaras de fluxo laminar, uma no hospital das Caldas e outra no de Torres Vedras, para a preparação dos citotóxicos até há dois anos, altura em que foi encerrada pelo Infarmed por não cumprir os “requisitos estruturais e de segurança definidos”. Desde essa altura que os citotóxicos são preparados por uma equipa do CHO no Hospital de Santa Maria, com “elevados custos e encargos para a instituição e para os utentes, pelos atrasos diários na administração da medicação”, refere o ministério da Saúde.
No que respeita aos recursos humanos, a tutela informa que ainda permanecem 17 enfermeiros, nove técnicos superiores de diagnóstico de terapêutica, 34 assistentes operacionais e dois técnicos superiores a exercer funções em regime de prestação de serviços. O conselho de administração do CHO já submeteu os pedidos de autorização para contratação destes trabalhadores.
O ministério refere também que nos últimos anos tem sido avaliada a possibilidade de construir um novo hospital para o Oeste, para dar “uma resposta mais adequada às necessidades da população”. Para tal, foi celebrado, em Setembro, um protocolo entre o CHO, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e a Comunidade Intermunicipal do Oeste para elaborar um estudo para definição do perfil, dimensão e localização da futura unidade.
O gabinete da ministra da saúde, Marta Temido, responde ainda à questão levantada pelo BE sobre as despesas de deslocação com o transporte de doentes entre os três hospitais do CHO nos últimos três anos. De acordo com o conselho de administração, os custos com transportes de doentes foi de cerca de 160 mil euros, entre Janeiro e Setembro deste ano. Contudo, não consegue apurar os custos reais, tendo em conta que “não são autonomizáveis dos restantes custos de transportes”, nomeadamente os que são efectuados para outros hospitais que não integram o CHO.