Deputado do PSD responde à Gazeta das Caldas

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O deputado Duarte Pachedo, do PSD foi o único que respondeu a um mail da Gazeta das Caldas, enviado há três semanas, quando ele próprio viajou de comboio na linha do Oeste no âmbito de uma visita de uma delegação de parlamentares do seu partido à região.
Na altura o nosso jornal fez as seguintes perguntas aos deputados Miguel Macedo, Teresa Morais, Pedro Lynce, António Leitão Amaro e Duarte Pacheco:
1. Como explica que, em anterior proposta de um grupo parlamentar da oposição para a modernização da linha do Oeste, o PSD tenha votado contra?
2. Como explica esta visita do ponto de vista político, tendo em conta que o PSD, enquanto partido de poder, nada fez nos últimos 30 anos pela linha do Oeste, apesar de ter feito sucessivas promessas sobre a sua modernização?
3. Que propõe o PSD, em concreto, para a modernização da linha do Oeste?

Eis a resposta do deputado Duarte Pacheco:

A centenária linha do Oeste está há muitos anos a necessitar de uma intervenção, que provoque a sua modernização e a torne competitiva com os outros meios de transporte.
Ao longo dos anos, sucessivos governos, apoiados por maiorias diferentes não concretizaram os investimentos necessários.
No entanto, é importante recordar que um projecto concreto de intervenção foi apresentado pelo Ministro das Obras Públicas, Ferreira do Amaral, no início dos anos 90.
Desde esse momento até hoje, o País tem tido essencialmente um governo socialista que meteu irremediavelmente na gaveta a linha do Oeste.
O mesmo Governo que pretende investir no TGV e em mega investimentos públicos, não realiza os investimentos de proximidade que verdadeiramente interessa às populações. O Governo Socialista opta por construir um País a duas velocidades.
Mais, foi este Governo que incluiu a modernização da linha do Oeste no Plano de Contrapartidas pela não construção do aeroporto internacional na Ota, mas infelizmente não desenvolveu um único gesto para confirmar aquela intenção.
Neste cenário, como principal partido da oposição compete-nos evidenciar a ausência de vontade política do Governo em investir na linha do Oeste. Mais, face ao exposto, a inscrição por parte dos partidos da oposição de verbas no Orçamento do Estado para este efeito não só não teria qualquer efeito prático, como contribuía para criar a expectativa nas populações que as obras iam avançar, o que sabemos não ser verdade, desgastando ainda mais os políticos e a acção política.
O PSD considera que no futuro deve ser feita uma reorientação completa do investimento público, em que o Estado opte por investimentos de proximidade que possam contribuir para o reforço da competitividade das regiões e do País. É o caso do investimento na linha do Oeste.

Duarte Pacheco