Deputados caldenses congratulam-se com convenção para o Centro de Diálise da Benedita

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A convenção com o Centro Médico de Diálise da Benedita está a decorrer desde início de Setembro
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Os deputados caldenses na Assembleia da República, Sara Velez (PS) e Hugo Oliveira (PSD), intervieram no plenário onde se discutiu a petição, com mais de 6600 assinaturas, que solicitava a convenção para o Centro Médico de Diálise da Benedita (Alcobaça). Apesar da discussão ter ocorrido no parlamento a 20 de Dezembro, a convenção já se encontra em vigor desde finais de Junho, possibilitando que muitos dos utentes em diálise na região deixassem de ter que fazer mais de 300 quilómetros para conseguir tratamento.

 

Apesar de já estar assinada a convenção para o Centro Médico e de Diálise da Benedita (Alcobaça), e a produzir efeitos desde 1 de Setembro, uma petição com esse pedido, que reuniu mais de 6600 assinaturas, foi debatida no plenário da Assembeia da República no passado dia 20 de Dezembro. Os deputados caldenses, Sara Velez e Hugo Oliveira, foram intervenientes nesse debate, congratulando-se com a boa notícia que permitiu que mais de uma centena de utentes em diálise deixassem de se deslocar grandes distancias para fazer os tratamentos.
A deputada socialista saudou a iniciativa cidadã, de dinamização de uma petição, que se “mostrou eficaz” e disse esperar que toda a população abrangida possa usufruir do tratamento. “A insuficiência renal é uma patologia que inflige grande sofrimento aos doentes, sujeitando-os a um processo de tratamento que obriga a deslocarem-se aos centros de diálise várias vezes por semana”, reconheceu. Sara Velez referiu anda que o tratamento é “altamente limitador” pelo que tem que ser garantida uma cobertura “o mais abrangente possível, que reduza o impacto que as deslocações somadas ao tempo da medicação tem nas suas vidas”. De acordo com a deputada socialista devem ser as administrações regionais de saúde a operacionalizar as políticas e programas de saúde, adequando a oferta à procura existente.
Por sua vez, o deputado do PSD, Hugo Oliveira, lembrou que as deslocações, além de serem prejudiciais para os utentes também acarretavam elevados custos económicos para o Estado, no pagamento do transporte. Hugo Oliveira referiu que, a nível nacional, as estimativas apontam para que a doença renal crónica afecte um em cada 10 adultos. De acordo com o relatório da Sociedade Portuguesa de Nefrologia são mais de 20 mil os doentes que já se encontram no estado mais grave ao nivel da doença renal crónica, dos quais 12 mil doentes se encontram a fazer hemodiálise, informou o deputado, fazendo notar que, a nível mundial, Portugal “é um dos países com maior incidência e prevalência de doentes sob tratamento substitutivo de função renal”.
O PSD defende uma rede de cuidados de hemodiálise adequada às necessidades das populações e com cobertura geográfica alargada. Reconhece que a capacidade de resposta do sector público é limitada, o que justifica que o SNS recorra a convenções com o sector privado, mas alerta para a necessidade de garantir “regras de transparência e de igualdade de condições entre os prestadores, sem atropelos ou jogadas de bastidores”.

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PSD quer investimentos nos hospitais da região

O deputado caldense Hugo Oliveira apresentou, a 12 de Dezembro, uma pergunta à ministra da Saúde, Marta Temido, sobre o plano de investimentos para os centros hospitalares do Oeste e de Leiria e se haverá reforço de pessoal, nomeadamente médico. No documento, assinado por mais seis deputados do PSD, refere ainda que há mais de dois mil trabalhadores em cada um dos centros hospitalares e que com a redução do horário de trabalho das 40 para as 35 horas, regista-se um déficit de 14% de trabalhadores, perguntando ao governo quando prevê repor o número de funcionários nessários.
Os deputados sociais-democratas querem também saber quando tenciona o governo entregar o reforço de 24 milhões de euros prometidos para o CHO e para quando está prevista a conclusão das obras do serviço de urgência no hospital caldense. Ainda referindo-se a esta unidade hospitalar questionaram Marta Temido sobre o reforço necessário de pessoal médico nas especialidades de Ortopedia, Neurologia e Dermatologia, tendo em conta que, “neste último caso, só há um médico e as consultas têm um atraso de um ano”.
A atribuição da verba para equipar a Unidade de Cuidados Intermédios do Hospital das Caldas da Rainha e para renovação do equipamento da valência de Obstetricia foram também questionadas, assim como a disponiblização da ambulância de Suporte Imediato de Vida do INEM no Hospital de Alcobaça, “prometida desde 2015”.
O documento alerta para a degradação do SNS e as más condições em que os portugueses são recebidos nos hospitais, realçando que nos centros hospitalares do Oeste e de Leiria verificam-se “situações inqualificáveis, que merecem resposta urgente por parte do governo”.
O deputado caldense, Hugo Oliveira, acompanhado pelos elementos da sua bancada, Ricardo Baptista Leite e Álvaro Almeida, questionou ainda a ministra da Saúde sobre a comparticipação do Estado nos tratamentos termais prescritos no âmbito do SNS. A reintrodução das comparticipações permitiu um crescimento no sector de cerca de 15%, em termos de termalismo terapêutico. Os deputados do PSD consideram que este resultado será posto em causa se o projecto-piloto de comparticipação (que vigorou em 2019) não tiver continuidade, prejudicando os utentes na acessibilidade aos tratamentos com águas termais. Querem, por isso, saber junto do governo se irá incluir no Orçamento de Estado para 2020 dotação orçamental para os encargos com a comparticipação do Estado no preço dos tratamentos termais prescritos por médico do SNS.

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