Caldas da Rainha foi a cidade escolhida pela CDU para apresentar o seu compromisso para o distrito, no passado dia 12 de Maio. Para os comunistas uma “politica alternativa patriótica e de esquerda” passa necessariamente pela promoção do desenvolvimento regional, apoiando o tecido económico das micro, pequenas e médias empresas, a agricultura e as pescas.
O modelo que defendem passa por um plano integrado de desenvolvimento, que tenha em conta as necessidades de modernização dos sectores produtivos, desenvolvimento do ensino e investigação, criação de emprego e a melhoria das condições de vida dos trabalhadores e população. Querem também combater a política de “subalternização” deste distrito em relação ao investimento público da administração central, assim como impulsionar a regionalização como a melhor forma de reforma administrativa do Estado.
A cabeça de lista da CDU no distrito, Ana Rita Carvalhais, defendeu ainda que é preciso implementar medidas de apoio às empresas a nível fiscal, da distribuição dos fundos comunitários e redução dos custos de produção. É necessário também um maior apoio à exportação e estabelecer programas para os sectores em crise, nomeadamente as indústrias vidreira, cerâmica e da madeira.
Ao nível da agricultura, a CDU diz que é indispensável promover um programa de apoio aos fomento e orientação da agricultura regional para a defesa e desenvolvimento das especializações regionais, sobretudo de horto-fruticultura, vitivinicultura e a pecuária.
Quanto à educação esta coligação continua a debater-se pela defesa da escola pública, de melhores condições de trabalho para os funcionários e contra a concentração de escolas, “que nada contribui para a melhoria da qualidade do ensino”.
Ana Rita Carvalhais falou também da necessidade de melhorar a rede hospitalar do distrito, da construção e ampliação dos centros de saúde em Caldas da Rainha, Alcobaça e Nazaré.
Na área do ambiente e qualidade de vida continuam “actuais” as questões da despoluição e desassoreamento da Lagoa de Óbidos, assim como a exigência da sua classificação como paisagem protegida de âmbito regional.
Já para o Paul de Tornada, os comunistas defendem a classificação de “área ambientalmente protegida das agressões urbanísticas”.
Tratam-se, segundo Ana Rita Carvalhais, de reivindicações antigas, mas que ao “invés de serem corrigidas, foram antes agravadas”.
A responsável lembrou as contrapartidas do governo pela deslocalização do aeroporto da Ota para Alcochete, que “não foram cumpridas”.
A CDU acredita que poderá eleger um deputado no distrito e está a apostar no contacto com as populações, sessões de esclarecimentos e comícios, de modo a dar a conhecer o seu programa.
José Carlos Faria, que integra a lista comunista em nº 7, falou sobre o desemprego para dizer que os números na região Oeste duplicaram nos últimos quatro anos, e nas Caldas esse aumento tem vindo a ser sempre gradual. “Foi um falhanço total das políticas”, disse, lembrando a promessa eleitoral de José Sócrates da criação de 150 mil novos empregos.
No passado dia 14 de Maio foi inaugurada a sede de campanha da CDU nas Caldas da Rainha, situada na chamada “Casa Vermelha” na Rua João de Deus, nº1 (Centro de Trabalho do PCP). Além de vários materiais de campanha, está patente naquele espaço uma feira de livros usados.