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As distritais do PSD denunciam o “desprezo” do governo pelas populações da região de Leiria e Área Oeste. Num comunicado conjunto, e assinado pelos líderes Rui Rocha e Duarte Pacheco, as comissões políticas dão nota do “abandono da região” por parte do governo socialista.

Os sociais-democratas criticam o “atraso e os erros de decisão” no investimento na Linha do Oeste e a insuficiente rede de transportes públicos em muitos concelhos de Leiria e do Oeste. Para além disso, consideram “injusta” a medida do governo que só contempla a redução do preço dos passes sociais para os residentes nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.
Face a estas situações, as duas comissões políticas distritais, reunidas em Torres Vedras, estão empenhadas numa estratégia que “leve à mudança de governo com a vitória do PSD nas próximas eleições legislativas, para que a região e as suas populações tenham a atenção que merecem por parte do governo central”.
Os sociais democratas lamentam o atraso na modernização da Linha do Oeste e apelam para que a obra seja a mais adequada para prestar um bom serviço às populações e empresas da região. Mostram ainda o seu “repúdio pela medida discriminatória” do governo PS sobre o preço dos passes sociais, tratando as “populações de Leiria e do Oeste como portugueses de segunda”.
As duas distritais pretendem continuar a estabelecer contactos periódicos de forma a “concertar posições que permitam o fortalecimento e a afirmação de Leiria e do Oeste”, referem no comunicado. A distrital de Leiria do PSD abrange os 16 concelhos do distrito, enquanto a estrutura da Área Oeste inclui seis municípios do distrito de Lisboa (Arruda dos Vinhos, Cadaval, Sobral de Monte Agraço, Lourinhã, Alenquer e Torres Vedras).

Linha do Oeste e passes sociais

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O presidente da concelhia caldense do PSD, e vice-presidente da distrital, Hugo Oliveira, partilha das preocupações manifestadas no documento e realça o papel social que o Estado deve ter ao nível dos transportes públicos. O também autarca dá o exemplo do Toma, em que a Câmara assegura o funcionamento deste serviço de transportes urbano, que é deficitário. “A receita não chega a metade da despesa com o serviço prestado”, disse à Gazeta das Caldas.
O presidente da concelhia caldense do PSD destacou ainda que faz todo o sentido que as duas distritais tomem medidas conjuntas, até porque os concelhos que abrangem estão ligados pela comunidade intermunicipal.
Também o presidente da concelhia social-democrata de Óbidos, Humberto Marques, subscreve a posição das distrital. O autarca destaca que os investimentos para mobilidade previstos no plano nacional são os mesmos que já estavam aprovados anteriormente, denunciando uma “derrapagem no tempo” ao nível das acessibilidades.
No que respeita à Linha do Oeste, Humberto Marques defende a sua modernização e insiste que esta “deve ter uma continuidade” além das Caldas, até Coimbra ou Figueira da Foz. “Também a questão do material circulante continua sem solução à vista, o que é inadmissível”, disse.
O também presidente da Câmara de Óbidos associa-se ainda à posição das duas estruturas na defesa de passes sociais também para os utilizadores dos transportes públicos do Oeste. “Não há portugueses de primeira e de segunda, mas Lisboa e Porto têm o benefício dos passes sociais”, disse, defendendo que esta deveria ser uma medida de incentivo para todas as pessoas usarem os transportes colectivos, indo de acordo os objectivos da União Europeia.

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