Este domingo, dia 9 de junho, entre as 8h00 e as 19h00, decorre em Portugal a eleição para o Parlamento Europeu. Os eleitores podem encontrar a sua mesa de voto pelos meios tradicionais, mas este ato eleitoral marca uma mudança de paradigma: a possibilidade de votar em mobilidade, ou seja, de votar em qualquer mesa de voto em Portugal ou no estrangeiro. A novidade do voto em mobilidade só se tornou possível com os cadernos eleitorais desmaterializados. Esta é uma medida que visa combater a abstenção (que em 2019 bateu recordes), tal como a do voto antecipado, que decorreu uma semana antes, no dia 2 de junho.
A nível nacional inscreveram-se 252 mil pessoas para o voto antecipado. Esta foi uma oportunidade procurada por muitas pessoas, tendo em conta o facto de o ato eleitoral ocorrer num fim-de-semana grande, entre dois feriados. Nas Caldas a votação decorreu na Expoeste, com seis mesas de voto e um total de quase 1700 inscritos e de mais de 1500 votantes. “Foi muito sereno, sem filas”, contou o presidente da Câmara, Vítor Marques, notando que houve uma afluência superior à que esperavam. “Foi em maior número do que para as Legislativas”, frisou, esclarecendo que em março se inscreveram 1400 pessoas. Ainda assim, em março houve uma percentagem maior de inscritos a votar (96,2% contra os 91,4% de agora).
No caso das Caldas não houve falta de Técnicos de Apoio Informático para as mesas, uma necessidade que vem com os cadernos desmaterializados, e cuja dificuldade foi notícia noutros pontos do país. O ato eleitoral, que é a maior eleição transnacional do mundo, decorre entre 6 e 9 de junho, abrangendo mais de 448 milhões de pessoas dos 27 estados-membros da UE. Portugal elege 21 dos 705 eurodeputados, sendo que há 17 candidaturas. ■