Entrevista com os cabeça de lista pelo distrito de Leiria

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João Pedro Amaral, PNR

O que é para o seu partido um bom resultado nas eleições neste distrito?

Um bom resultado seria a tão necessária entrada, na Assembleia da República, de pelo menos 2 deputados nacionalistas. Aquele órgão de soberania, Portugal e os portugueses necessitam de uma voz que seja realmente diferenciadora, que tenha coragem de fazer frente, denuncie e combata a agenda da esquerda e da sua extrema.

Qual o maior potencial do distrito de Leiria? E qual o maior problema deste distrito?

O Distrito de Leiria e o Concelho das Caldas da Rainha têm tanto potencial, e são tão diversificados em termos de sectores económicos, que não consigo indicar-lhe um que seja mais importante do que outro, ou que se sobreponha aos demais quando penso em moldes, turismo, indústria agroalimentar, pescas, cerâmica, vitivinicultura, saúde, fruticultura, turismo termal, etc.

E em relação às Caldas da Rainha, qual o seu maior potencial e o seu maior problema?

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Duas das nossas maiores preocupações, são a falta de mão-de-obra e o despovoamento.
Ao falar com os empresários do nosso Distrito e por experiência própria, todos se queixam do mesmo: falta de gente para trabalhar. Consequência: as actividades não crescem, não se gera riqueza para a região, as empresas deslocalizam-se ou importam milhares de trabalhadores de outras culturas, mantendo os salários dos “nossos” baixos.
A solução tem de passar pelo alívio da carga fiscal para as empresas e trabalhadores, por acabar com a mentalidade da subsidiodependência e dignificar as profissões consideradas “menores”.
No que toca ao despovoamento, as populações migram para as cidades, enfrentam rendas mais elevadas, perdem a rede de apoio familiar, os idosos ficam ao abandono, todos os pequenos negócios das freguesias fecham, assim como os serviços públicos, perde-se qualidade de vida, os terrenos ficam ao abandono, as tradições esquecidas, a ruralidade desprezada e a natalidade diminui.
Neste aspecto, a solução passa pelo retorno ao interior através da concessão de benefícios fiscais para quem se quiser fixar e criar postos de trabalho no interior, apostar na floresta e na sua sustentabilidade, criar bancos de terras para quem os quiser rentabilizar, criar uma rede de turismo que permita a revitalização do nosso património e um pacto de regime estratégico de pelo menos 30 anos, baseado em estudos, que permitam o desenvolvimento e o potenciamento do mesmo.

Uma maioria absoluta é desejável para Portugal? Quais as vantagens e desvantagens?

Só seria positivo uma maioria absoluta se fosse do PNR. Uma que servisse para alterar esta Constituição de cariz marxista, que pudesse reverter e anular muitas das políticas da agenda de extrema-esquerda e da própria esquerda. A ideologia de género seria banida, o sistema judicial seria revisto, as forças de segurança votariam a ter autoridade e meios necessários para cumprirem condignamente a sua missão, a corrupção seria fortemente combatida e os corruptos devidamente encarcerados e punidos.

Concorda com os círculos uninominais? Porquê?

Não concordo, porque no fundo estamos a potenciar aquilo que condenamos, que é a guerra de meios ao invés do debate de ideias.
O PNR contrapõe com que já há muito defende que é a substituição dos actuais vinte e dois círculos eleitorais por um círculo nacional único, evitando-se com isso a dispersão de votos perdidos, e substituir o método de Hont, pelo sistema rigorosamente proporcional ao número de votos obtidos. Com estas nossas medidas, a representatividade seria mais plural porque permitiria a eleição de deputados dos pequenos partidos, Por exemplo: o PNR nas últimas legislativas onde obteve 27.500, teria eleito um deputado nessas circunstâncias.

Filipe Honório, LIVRE

O que é para o seu partido um bom resultado nas eleições neste distrito?

O LIVRE tem vindo a consolidar o seu eleitorado no distrito, e o objetivo passa por fortalecer a presença do LIVRE. O trabalho que temos pela frente não se esgota nestas eleições, pelo que o LIVRE estará presente em Leiria em defesa da justiça social e justiça ambiental.

Qual o maior potencial do distrito de Leiria? E qual o maior problema deste distrito?

O distrito de Leiria contempla realidades muito diferentes. Por um lado os concelhos a nordeste enfrentam problemas de despovoamento graves, tendo agora metade da população que tinham há 60 ou 70 anos. O litoral enfrenta ameaças aos ecossistemas da costa, seja na Lagoa de Óbidos ou a erosão nas praias de Pedrogão e Vieira de Leiria. O Oeste enfrenta um problema de mobilidade que se arrasta há anos: a linha do Oeste. Os problemas do distrito passam pela coesão, dadas as diferentes realidades, e pela sustentabilidade, ao nível da floresta e do mar. E é também aqui que está o maior potencial do distrito: ser um território gerido de forma sustentável, capaz de ser um garante da mobilidade tanto no eixo norte-sul como este-oeste, em que um bombarralense ou uma figueiroense tenham as mesmas oportunidades.

E em relação às Caldas da Rainha, qual o seu maior potencial e o seu maior problema?

O concelho de Caldas da Rainha tem sofrido há anos com o abandono da linha do Oeste. O concelho encontra-se numa ligação geográfica importantíssima, havendo grande fluxo de pessoas até Lisboa ou Leiria, pelo que este investimento não pode esperar mais. O transporte público coletivo é essencial num novo paradigma de mobilidade que seja ambientalmente justo, e que promova acessibilidades da sociedade de forma transversal, de forma socialmente justa. A Lagoa de Óbidos encontra-se em séria necessidade de reabilitação, sendo por isso importante encontrar formas de conservação sustentável. Caldas da Rainha tem ainda um potencial cultural e artístico de relevo, potenciado pelo ensino superior de excelência presente na cidade. Uma das prioridades do LIVRE para o domínio da cultura passa pela aposta na valorização das artes, do contributo do mecenato e do aumento do orçamento da Cultura para 1% do Orçamento do Estado.

Uma maioria absoluta é desejável para Portugal? Quais as vantagens e desvantagens?

Uma das virtudes da legislatura que está a terminar é o facto da Assembleia da República ser o centro da discussão política. As maiorias absolutas retiram a qualidade e acordos mais alargados aos projetos políticos. A forma de fazer política do LIVRE assenta exatamente da discussão, compromisso e coletividade. O nosso programa eleitoral foi feito com os contributos de centenas de pessoas, passando por várias emendas, o que resulta em soluções mais escrutinadas e abrangentes. O mesmo se passa na Assembleia da República, em que o contributo e compromisso entre vários partidos criam melhores soluções políticas, e é neste tipo de forma de fazer política que o LIVRE acredita.

Concorda com os círculos uninominais? Porquê?

O LIVRE defende o aumento da representatividade política, seja através da regionalização com eleição direta seja através da melhoria no acesso por parte dos cidadãos à Iniciativa Legislativa de Cidadãos, que permite que grupos de cidadãos possam ser melhor representados.

 

Heloísa Apolónia, CDU

O que é para o seu partido um bom resultado nas eleições neste distrito?

O reforço da CDU. Reforçar para garantir mais força para implementar políticas que promovam a qualidade de vida das populações, que assegurem dignidade a quem trabalha e que defendam melhores padrões ambientais. Mais força à CDU é garantir mais avanços nos direitos das pessoas e impedir que, pela mão do PS com maioria absoluta, ou com o PSD e o CDS, se recue no que foi conquistado. No distrito de Leiria é possível eleger uma deputada da CDU, a voz necessária para fazer este território avançar.

Qual o maior potencial do distrito de Leiria? E qual o maior problema deste distrito?

O maior potencial são as pessoas! São os trabalhadores que produzem riqueza e fazem avançar a região, e toda a população do distrito. Outro potencial são os recursos naturais, que importa preservar, e que são, inclusivamente, a base de um turismo sustentável.
Os problemas devem ser vistos como desafios a superar. Entre eles destacamos as desigualdades sociais; as assimetrias de desenvolvimento e a desertificação do interior norte; a falta de uma rede de transportes eficaz; as consequências das catástrofes ambientais, económicas e sociais que afectaram este distrito em 2017, que requerem soluções urgentes.

E em relação às Caldas da Rainha, qual o seu maior potencial e o seu maior problema?

Além das pessoas e do património natural, um dos maiores potenciais das Caldas da Rainha reside no termalismo e na indústria cerâmica. Mas é aí também que se pode detectar o seu maior problema: a indústria cerâmica carece de um programa sério de relançamento e redinamização. Por outro, o Hospital Termal reclama, após tentativa de encerramento e de anos de subfinanciamento, uma reabilitação e modernização das instalações, reabertura urgente com gestão pública e a reintegração plena dos tratamentos termais no SNS. A Lagoa de Óbidos reclama também soluções definitivas de despoluição e desassoreamento.

Uma maioria absoluta é desejável para Portugal? Quais as vantagens e desvantagens?

Conhecemos bem, por experiência, o que significaram as maiorias absolutas do PSD e do PS. Traduziram-se sempre em más notícias para os trabalhadores e as populações, em perda de direitos, e não poucas vezes em arrogância e desrespeito pela democracia. Por isso, é muito importante que não se deixe nenhum destes partidos de mãos livres para impor políticas que já conhecemos. Mas não só, é preciso impedir essas maiorias com a eleição de deputados que tenham dado provas de coerência, firmeza, criatividade, seriedade e honestidade. O voto que dá essa garantia é o voto na CDU.

Concorda com os círculos uninominais? Porquê?

Discordo em absoluto! Os círculos uninominais não só não resolvem o problema da ligação dos eleitos às populações, como distorceriam por completo o sistema de representação política e fomentariam fenómenos que, noutros países com esse sistema, são conhecidos, nomeadamente a excessiva pessoalização da política, o compadrio e a corrupção.

Edite Veiga, PURP

O que é para o seu partido um bom resultado nas eleições neste distrito?

A eleição de dois ou três deputados.

Qual o maior potencial do distrito de Leiria? E qual o maior problema deste distrito?

O distrito de Leiria tem um potencial de desenvolvimento elevado. Deverá haver uma aposta no desenvolvimento social e económico. Uma aposta na atracão de jovens para a região, uma aposta no aumento da natalidade, um investimento na melhoria da qualidade de vida das pessoas idosas cujos rendimentos estão muitas vezes no limiar da pobreza. Não podemos esperar o desenvolvimento da economia se quem lá vive não tem poder de compra.

E em relação às Caldas da Rainha, qual o seu maior potencial e o seu maior problema?

O maior potencial é a qualidade de vida que permite a quem lá vive e o maior problema o envelhecimento da população.

Uma maioria absoluta é desejável para Portugal? Quais as vantagens e desvantagens?

Não. Considero que não é benéfico para o pais a existência de uma maioria absoluta. Um único partido não deverá poder tomar qualquer tipo de decisão sem que possa haver uma oposição eficiente.

Concorda com os círculos uninominais? Porquê?

Sim.

Márcia Henriques, RIR

O que é para o seu partido um bom resultado nas eleições neste distrito?

Será obviamente a eleição de deputados. Mas qualquer deputado eleito pelo RIR, por qualquer um dos 20 círculos a que concorre, será na Assembleia da República a voz de todos nós e não apenas de um ou outro distrito.

Qual o maior potencial do distrito de Leiria? E qual o maior problema deste distrito?

Todo o distrito de Leiria tem uma dinâmica empresarial importantíssima para o PIB nacional. No sector primário, quer a agricultura, quer a nível de pescas. No sector secundário, desde o vidro, aos plásticos, passando pelos moldes e até a construção civil, o distrito de Leiria é líder. Consequentemente, o sector terciário cresce na proporção do crescimento das malhas urbanas. Apesar disto, ferrovia, especialmente a linha do Oeste está decadente.
É urgente reabilitar as linhas de ferrovia existentes não só no distrito de Leiria, mas a nível nacional. O RIR quer a reactivação das linhas turísticas, mas também apostar no transporte de mercadorias, inclusivamente no transporte bimodal do litoral para o interior e Europa. Também por esta razão há necessidade de apostar no Mar, quer a nível mercantil, como a nível de turismo náutico, com graves deficiências na zona oeste do distrito. A abertura da Base Aérea de Monte Real à aviação civil, principalmente para voos charters empresarias, seria essencial para a dinamização ainda maior da economia do distrito.

E em relação às Caldas da Rainha, qual o seu maior potencial e o seu maior problema?

Caldas da Rainha tem de voltar a ser um destino termal. Todo o património histórico do Hospital Termal deve ser preservado e remodelado. É um investimento que revolucionará a economia não só local, mas regional. O turismo termal, actualmente mais conhecido como SPA& Wellness, é um segmento de mercado que continua em crescendo e Portugal, aproveitando recursos base, pode perfeitamente tornar-se um dos destinos europeus mais procurados.

Uma maioria absoluta é desejável para Portugal? Quais as vantagens e desvantagens?

Uma maioria absoluta em Portugal, quer seja PS ou PSD, não é neste momento, o melhor para os Portugueses. A política nacional precisa de renovação e de ser equilibrada. Os políticos precisam de voltar a defender os interesses das populações e do país enão os interesses partidários. O RIR é um jovem partido, que só é partido porque os movimentos independentes (grupos de cidadãos eleitores) estão impedidos de concorrer à Assembleia da República. O RIR incomoda os partidos tradicionais. O RIR é e será a voz do povo no Parlamento, pois não está refém de ninguém.

Concorda com os círculos uninominais? Porquê?

O RIR defende uma verdadeira reforma do sistema eleitoral através de círculos mistos plurinominais e uninominais, com alteração do método Hondt para todas as Eleições, na distribuição de mandatos; e, igualmente, a introdução do Voto Eletrónico. Pensar em formas de acabar com a abstenção, em grande parte culpa das politiquices de que os portugueses estão cansados. Importante também, o RIR defende que a regionalização deverá ser referendada.

Bernardo Blanco, Iniciativa Liberal

O que é para o seu partido um bom resultado nas eleições neste distrito?

O objetivo é eleger um deputado, o que representaria um muito bom resultado.

Qual o maior potencial do distrito de Leiria? E qual o maior problema deste distrito?

O maior potencial do distrito de Leiria é obviamente o espírito empreendedor. No entanto, é preciso libertar este espírito que tem estado algemado. Quase 1 em cada 2 euros produzidos vão para o Estado. Temos a carga fiscal mais alta entre os países com a mesma riqueza que nós e das maiores taxas de esforço fiscal da Europa. É urgente uma revolução fiscal. É urgente libertar os contribuintes desta opressão fiscal e os empresários da asfixia burocrática que há em Portugal, só assim poderemos crescer e ter prosperidade.
O maior problema que afeta o distrito é a falta de descentralização. Portugal é o 4º país mais centralista da Europa. Hoje temos vários países dentro de um país. O PIB per capita de Lisboa está ao nível da França, mas o PIB per capita das zonas centro e norte está ao nível de alguns países de Leste. Todo o poder que não for possível devolver do Estado para as pessoas deve ir para as comunidades locais, as quais conhecem melhor os problemas. Não faz sentido que a gestão dos centros de saúde locais ou do património local seja feita a partir de Lisboa.

E em relação às Caldas da Rainha, qual o seu maior potencial e o seu maior problema?

O maior potencial das Caldas da Rainha é obviamente ser um grande centro de Turismo. Toda a gente vai a Óbidos, milhares de turistas vindos de Lisboa, mas quantos passam em Caldas da Rainha? Poucos. Há o mar, a diversidade rural, a louça, a indústria cerâmica, o parque, as termas, entre outros. Há um grande património histórico-cultural que tem de ser promovido para atrair turistas.
O maior problema tem sido a perda da identidade das Caldas enquanto cluster de saúde. O Hospital Termal esteve demasiado tempo parado. Concordo com a “municipalização” que ocorreu, mas depois do Tribunal de Contas ter recusado a parceria entre a Câmara e o Montepio Rainha D. Leonor para reabrir o hospital, a autarquia deveria ter insistido, resolvendo os problemas que o Tribunal identificou e abrindo um concurso público para que vários privados pudessem concorrer pelo projeto. Isto é aliás algo que ainda vale a pena fazer, apesar do investimento que a autarquia já fez.

Uma maioria absoluta é desejável para Portugal? Quais as vantagens e desvantagens?

Uma maioria absoluta não é desejável. A última vez que tivemos uma maioria absoluta socialista o país foi à falência. Estes últimos quatro anos tivemos uma maioria parlamentar com a geringonça e desperdiçámos uma oportunidade única em termos de conjuntura internacional de colocar o país a crescer a sério. As reformas liberais necessárias que alguns dos países de leste executaram, e que nós precisamos com urgência, não vão certamente ser realizadas por maiorias absolutas à esquerda.

Concorda com os círculos uninominais? Porquê?

Sim. A Iniciativa Liberal defende a criação de 150 círculos uninominais e um círculo de compensação nacional de 80 deputados. As pessoas escolheriam o seu deputado e não uma lista partidária fechada como atualmente (seriam 150 eleitos por esta forma). Depois haveria 80 lugares de deputados do círculo de compensação nacional repartidos entre os partidos de acordo com os seus resultados.

Luís Paulo Fernandes, CHEGA

O que é para o seu partido um bom resultado nas eleições neste distrito?

Para o CHEGA um bom resultado eleitoral por Leiria é aquele em que consiga representação parlamentar e voz activa para defender os ideais e os interesses da população e iniciar o reerguer do país. A eleição de 2 deputados demonstraria um desejo por parte dos portugueses em mudar as coisas, limpando a corrupção e os parasitas da sociedade.

Qual o maior potencial do distrito de Leiria? E qual o maior problema deste distrito?

s questões são faces da mesma moeda. Leiria, distrito, é muito rico, diversificado e versátil, a interligação do comércio, indústria, tecnologia, produção animal, produção florestal e agricultura é algo que não tem sido explorado nem aproveitado; verificam-se rivalidades e virar de costas, pecando a união, inclusão e dinâmica. Poucos distritos têm a diversidade e mais valias que Leiria tem.
Leiria é um distrito do centro litoral de Portugal, tem que ter um Aeroporto com capacidade de transporte de pessoas (turismo e negócios) e carga (exportação), podendo aproveitar a BA5 de Monte Real ou equacionar outro local onde sirva o melhor interesse de todos; bem como investir a sério na rede ferroviária que está completamente esquecida.

E em relação às Caldas da Rainha, qual o seu maior potencial e o seu maior problema?

A estação de comboios de Caldas da Rainha, quase sempre fechada ou sem comboios, quando se pretende que as pessoas usem menos o carro, por questões de saúde e ambiental. Caldas da Rainha podia afirmar-se como o defensor da recuperação e desenvolvimento de toda a rede ferroviária nacional. As crianças, os trabalhadores e os turistas agradeceriam. E um pouco de brio, inovação e orgulho na preservação dos nossos recursos e património não fica mal a ninguém!
Quanto ao Turismo, não há publicidade nem promoção na comunicação social, nem nas plataformas digitais.
Temos de limpar, arrumar, estimar e promover, para sermos referência a nível ambiental e turístico, para atrair pessoas e investimento, e dar melhor vida a quem por lá reside e trabalha.
Caldas da Rainha tem de potencializar o ressurgimento de Estabelecimentos de Ensino Superior e “diversificação” das áreas de formação académica.

Uma maioria absoluta é desejável para Portugal? Quais as vantagens e desvantagens?

Uma maioria absoluta não costuma ser a melhor coisa para um país, ninguém gosta de ditaduras! Mas se formos a ver bem, estes últimos 4 anos acabaram por ser uma maioria absoluta “geringonçada”, e podemos avaliar os estragos! Quando não existe uma maioria absoluta somos obrigados a reflectir mais, conseguir provar aos outros deputados que o que pretendemos fazer é algo desejável, e evidentemente sofrer este escrutínio, esta pressão, apenas pode ser visto como vantagem do ponto de vista global.

Concorda com os círculos uninominais? Porquê?

Distorce a vontade popular e favorece os maiores partidos assim como maiorias absolutas. Pessoalmente, prefiro o voto nominal. O voto nominal permitiria à população acabar por remover um determinado político com o qual não simpatizam ou que se suspeita de algo, mesmo que acabassem por votar no partido onde esse mesmo político está a exercer funções. O voto uninominal é menos directo e remove poder à população, e isso é algo que se deve evitar a todo o custo. Portugal é dos portugueses, a classe política apenas os representa.

Raquel Abecasis, CDS

O que é para o seu partido um bom resultado nas eleições neste distrito?

O CDS tem como grande objectivo, nestas eleições, conseguir alcançar a eleição de dois deputados pelo distrito. No passado, o partido já conseguiu alcançar esta meta e, sabendo que esta é uma meta ambiciosa, achamos que a eleição de uma segunda deputada, – a Rosa Guerra, Presidente da Distrital de Leiria e Vereadora na Câmara Municipal do Bombarral – seria uma mais-valia para o distrito.

Qual o maior potencial do distrito de Leiria? E qual o maior problema deste distrito?

O maior potencial é a capacidade empreendedora das pessoas do distrito, que não ficam à espera do estado para desenvolverem os seus projectos de vida, criarem as suas empresas e gerarem postos de trabalho.

E em relação às Caldas da Rainha, qual o seu maior potencial e o seu maior problema?

O maior problema é a desertificação do interior, particularmente nos concelhos a norte do distrito (Pedrogão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Ansião). Foram as zonas mais afectadas pelos trágicos incêndios de 2017 e, infelizmente, tudo está na mesma ou pior desde então. Entendemos que o interior do país não pode ficar votado ao abandono e que é urgente um estatuto fiscal para o interior que motive e compense aqueles que, porque optaram votar no interior, dão um enorme contributo ambiental e de desenvolvimento a todo o país.
O maior potencial não explorado das Caldas da Rainha é a capacidade de atracção turística não explorada. É preciso recuperar o património termal e toda a história da cidade das Caldas ligada à Rainha Dona Leonor. As águas termais das Caldas da Rainha, bem como a costa marítima da Foz do Arelho e a Lagoa de Óbidos, com todo o seu potencial de pesca artesanal e de desenvolvimento de desportos náuticos, são um enorme activo com capacidade de atracção turística capaz de trazer maior desenvolvimento ao concelho.
O maior problema é a passividade com que este concelho se vai transformando cada vez mais num concelho satélite da cidade de Lisboa e abdica de criar localmente condições para fixar pessoas e atrair turistas.

 

Uma maioria absoluta é desejável para Portugal? Quais as vantagens e desvantagens?

O CDS entende que as maiorias absolutas de um só partido têm dado muito mau resultado no passado. A tentação para o autoritarismo e para transformar a máquina do estado num instrumento político ao serviço do partido maioritário, são dois dos motivos de má memória que o CDS não quer ver repetidos no país.
Não vemos pelo descrito atrás nenhuma vantagem numa maioria absoluta de um só partido.

Concorda com os círculos uninominais? Porquê?

Concordo com uma alteração do sistema eleitoral que permita uma maior proximidade entre eleitos e eleitores. Acho que é indispensável que o sistema democrático evolua neste sentido, não tenho a certeza de que o melhor modelo sejam os círculos uninominais, mas estou disponível para iniciar um caminho que melhor sirva a democracia e sobretudo os portugueses

 

Luís Almeida, Partido Popular Monárquico

 

O que é para o seu partido um bom resultado nas eleições neste distrito?

Um bom resultado será a eleição de um deputado.

Qual o maior potencial do distrito de Leiria? E qual o maior problema deste distrito?

Os maiores tesouros do distrito são, de facto, os principais museus nacionais que temos. Também como potencial podemos considerar as nossas indústrias e a forte dinâmica dos nossos empresários que têm alavancado gradual e fortemente a economia do nosso distrito.
Em contraponto, o nosso território continua com a falta de gestão e ordenamento florestal. Poderá vir a acontecer, infelizmente, o triste cenário que vivemos e presenciamos há dois anos. Não é fácil encontrar quem limpe os terrenos estatais, assim como empresas de serviços capazes de tratar e executar a área necessária, mas temos que, juntos, mudar o rumo dos acontecimentos e criarmos mecanismos de apoio às empresas que pretendam fazer estes tipos de serviços assim como aos particulares que se disponibilizem para o fazer. As autarquias são, claramente, os melhores líderes locais para decidir de que o forma se pode limpar e fazer o ordenamento de cada território e não deveria ser o governo a criar dificuldades e burocracias na permissão das tarefas e na atribuição dos apoios para estas o poderem fazer!

E em relação às Caldas da Rainha, qual o seu maior potencial e o seu maior problema?

O posicionamento geográfico privilegiado das Caldas da Rainha coloca este território numa posição estratégica a vários níveis, tais como económicas e sociais. O facto de ser um concelho com forte cariz termal, gerando uma importância do termalismo no turismo de saúde e de bem-estar como eixos relevantes no setor terciário do concelho, quer pelo seu papel na definição identitária das Caldas da Rainha, quer pelo seu papel enquanto fator de atração turística. Caldas da Rainha apresenta também, um rico património cultural.
O PPM defende o aumento do número de valências do hospital, criação de condições para evitarmos o assoreamento da lagoa de Óbidos, a requalificação da Linha do Oeste e uma maior ligação e articulação entre o mundo rural e a cidade.

Uma maioria absoluta é desejável para Portugal? Quais as vantagens e desvantagens?

Uma maioria absoluta, neste momento, nunca será benéfica para Portugal. Uma verdadeira “geringonça” foi aquilo que os portugueses contaram. Muita comunicação positiva e em termos económicos e fiscais pouco ou nada ganhamos ou recuperamos. Os ordenados e pensões têm-se mantido constantes, mas os impostos, cada vez, são mais. Tivemos muitas demissões de governantes, nestes anos, assim como muita entrada “duvidosa” de membros do governo. O PS já deu várias mostras de que não se sabe comportar com maiorias absolutas. Por sua vez, precisando de outros partidos para completar governo e a respetiva maioria tenho muito receio da ligação do PAN aos socialistas. Em nada ficaríamos a ganhar com este casamento. Pelas ideias e programas que tem sido lançados pelo PAN iríamos, seguramente, amargurar e “andar vários anos para trás”. As áreas da saúde, economia e ambiente eram claramente as mais afetadas ou aquelas que mais dores de cabeça iriam dar aos socialistas e respetivamente a todos os portugueses.

Concorda com os círculos uninominais? Porquê?

Sim, estes círculos uninominais são bons. Melhoram a representação proporcional. Libertam as candidaturas dos vícios e dependências que as conduziram ao grave declínio do sistema.
Protegem o futuro e a qualidade da democracia. Asseguram genuína legitimidade eleitoral. São a chave da reforma, prometida pela Constituição há 21 anos. Já chega de tanto esperar.

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