Uma visita à Praça da Fruta, encontro com criativos e profissionais de saúde marcaram a visita do líder do PSD às Caldas, na manhã de 13 de maio, num périplo que está a fazer pelo distrito
Na semana em que se soube que 1,7 milhões dos portugueses não têm médico de família, e que nas Caldas estima-se que o problema afete cerca de um terço dos residentes, o líder do PSD, Luís Montenegro, voltou a defender a união do SNS com o setor social, em especial, as Misericórdias. Nas Caldas, onde almoçou com profissionais de saúde, o político disse aos jornalistas que há um ano que anda a “instar” o governo para delinear um plano de intervenção que junte o SNS com o setores social e privado. “Hoje o setor social tem uma capacidade de oferta, do ponto de vista médico, que não deve ser desaproveitado”, disse Luís Montenegro, que já conhece projetos bem sucedidos. Ciente de que “não há condições para recrutar mais médicos para o SNS com facilidade”, considera que esta é uma solução, desde que haja vontade política por parte de quem governa. O líder da oposição criticou as políticas socialistas que, “numa contradição histórica brutal”, têm conduzido a que “cada vez mais portugueses estejam a dirigir-se a serviços privados e ter, por exemplo, seguros de saúde”. Relativamente ao novo hospital do Oeste, Luís Montenegro, disse apenas que já foi “sensibilizado sobre as várias nuances da localização” e que ponderará. No entanto, considera que, neste momento, o mais importante é “reforçar que é indiscutível que a região precisa dessa unidade e que a decisão tem de ser rápida”.
Na visita à Caldas, inserida na iniciativa Sentir Portugal, que durante a semana percorreu os vários concelhos do distrito de Leiria, Luís Montenegro, acompanhado por dirigentes e militantes social-democratas, começou por jogar vólei na Foz do Arelho. Já na cidade, visitou a Praça da Fruta, onde cumprimentou os vendedores e ouviu algumas das suas queixas. O político já antes tinha visitado aquele mercado, mas foi a primeira vez a um sábado, tendo encontrado produtos da região, produzidos por pequenos agricultores e também muitos compradores. “Apesar das pessoas quererem vender mais e ter mais clientela, a imagem global é de que as pessoas vão conseguindo desenvolver os seus negócios, mas quando se aprofunda um pouco mais vai-se esbarrar numa política agrícola que tem sido o parente pobre do que tem sido a ação do governo nos últimos anos”, denunciou. As queixas, iguais às que já ouviu noutros lados, prendem-se com a burocracia e exigências colocadas aos agricultores e, depois, “políticas concretas a falhar, nomeadamente a do regadio”. Na cidade das artes, Montenegro reuniu com os criativos, que partilharam o trabalho que têm vindo a fazer. “O que se pretende é que hajam pessoas que criam, que produzem e possam vender os seus produtos, colocando a sua capacidade empreendedora ao serviço da comunidade”, sintetizou.
No mesmo dia à tarde, Luís Montenegro visitou a vila e o Parque Tecnológico de Óbidos. No dia anterior já tinha passado pelos concelhos da Nazaré, Alcobaça, Peniche e Bombarral.
O périplo pelo distrito terminou na noite de 13 de maio com um mega jantar em Pombal, que contou com uma comitiva de quase nove dezenas de militantes e simpatizantes caldenses.
O líder da oposição anda a percorrer o país, vivendo uma semana por mês em cada distrito, para conhecer o território e obter “elementos de reflexão para poder construir um projeto ganhador e mobilizador do país”, concretizou. ■