O deputado caldense na Assembleia da República, Manuel Isaac, recomenda ao governo que apresente, “com a maior brevidade possível”, o Plano de Acção Nacional para o Controlo do Fogo Bacteriano e avalie as possíveis fontes de financiamento para ressarcir os agricultores dos prejuízos sofridos. O projecto de resolução, apresentado por Manuel Isaac em plenário, no passado dia 24 Fevereiro, foi aprovado por unanimidade.
O fogo bacteriano é uma doença que afecta os pomares de pomóideas (macieiras, pereiras e marmeleiros), sobretudo na região do Oeste, e que se propaga através de várias formas de contágio. Até ao momento já obrigou ao arranque de 18.500 árvores, uma área aproximada de 10,5 hectares, com plantações, sobretudo de pêra Rocha (80%) e de maçã.
“É um problema sério que podia alastrar para níveis inimagináveis, se nada fosse feito”, alerta o deputado centrista.
Manuel Isaac explicou que o Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT) tem desenvolvido programas de prospecção para vários organismos nocivos das plantas, e que os focos detectados são devidamente identificados e delimitados com zonas de segurança para o seu devido acompanhamento.
Já em Outubro, e de acordo com o deputado, foram definidas medidas fitossanitárias adicionais e de emergência, que estão a ser implementadas no terreno. Estas acções de controlo e erradicação do fogo bacteriano já resultaram no “corte, arranque e destruição de mais de cerca de 39 mil árvores no território nacional”. Na região Oeste, o arranque e destruição de árvores afectadas ainda está a ser feito.
O plano de acção, que o MAMAOT prevê disponibilizar entretanto, irá integrar um novo programa de prospecção (envolvendo várias entidades), os procedimentos a seguir para a realização da destruição das plantas afectadas e a sua queima, assim como um conjunto de acções de sensibilização dos produtores para o controlo e erradicação desta grave doença.
F.F.