Antigo presidente do PSD participou no jantar de Natal e alertou para a instabilidade a nível internacional
Uma solução política estável, um primeiro ministro moderado e ponderado e um projeto com ambição. Esta é a “receita” de Luís Marques Mendes para que nas próximas eleições de 10 de março saia um projeto ganhador para Portugal. E acredita que o líder do PSD, Luís Montenegro, de quem é “amigo pessoal”, parte para as eleições com “esse sentido de responsabilidade”, disse perante mais de 200 pessoas que se juntaram no jantar de Natal do PSD, que decorreu no passado dia 16 de dezembro, no restaurante Paraíso do Coto. O ex-ministro adjunto de Cavaco Silva e comentador político reconheceu mérito ao governo socialista no domínio das contas públicas, mas considera que houve um “descalabro social autêntico”, dando como exemplos as políticas ao nível da saúde, educação, habitação, e considerando que podiam “ter feito mais”. O também ex-presidente do PSD alertou para a situação de instabilidade que se vive atualmente no mundo e como a política externa influencia Portugal, chamando a atenção para a importância, mas também responsabilidade na escolha do próximo governo. Pediu, por isso, também aos presentes, para votarem com “responsabilidade”.
Marques Mendes acredita que Hugo Oliveira, proposto pela concelhia caldense como candidato pela distrital, voltará a ser eleito. “Trata-se de um ato de elementar justiça pois é um deputado como deve ser, com um trabalho importante na lei das associações, defesa das termas e a ser duro, direto e firme na defesa do hospital das Caldas”, concretizou.
A defesa do Hospital
Também o deputado Hugo Oliveira recordou o seu trabalho parlamentar e, referindo-se à defesa da localização do novo hospital do Oeste, disse não aceitar lições de ninguém. O novo hospital foi também o mote do discurso do antigo presidente da Câmara, Fernando Costa, que criticou os autarcas do PSD e PS de Torres Vedras por “estarem vendidos” aos privados instalados no concelho, na área da saúde, e “não quererem o hospital em Torres”. Defende a criação de dois hospitais, um em Torres e outro nas Caldas, justificando que há população que sustente esta opção. No encontro da “família PSD”, usaram ainda da palavra os anteriores autarcas Rui Gomes, Maria da Conceição Pereira e Tinta Ferreira, e o atual presidente da concelhia, Daniel Rebelo, que justificou o “chumbo” do orçamento dos SMAS e lembrou que o PSD esteve desde a primeira hora na “luta” pela localização do novo hospital nas Caldas. Questionado pelos jornalistas sobre o assunto Marques Mendes disse tratar-se de uma “questão de política local”, que não domina e cuja intervenção deixa para os “dirigentes locais e deputado caldense”.
No final da noite foram homenageados antigos autarcas sociais-democratas, que exerceram funções no poder local.■