O resultado esperado, diz Lalanda Ribeiro

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Lalanda Ribeiro ao lado de Cavaco Silva quando o Presidente reeleito veio às Caldas em campanha, no passado dia 10 de Janeiro

A vitória de Cavaco Silva à primeira volta nas presidenciais de domingo não surpreendeu o mandatário concelhio da candidatura apoiada pelo PSD e CDS-PP, Lalanda Ribeiro. “Foi um resultado que estávamos confiantes que iria acontecer”, afirmou à Gazeta das Caldas na noite de domingo, numa sede do PSD onde não se contava mais de uma dúzia de pessoas e onde faltava o habitual entusiasmo dos ‘jotas’, sempre tão presentes nos actos eleitorais. Já na sede do CDS-PP, partido que também apoiava Cavaco Silva, não estava ninguém.
Por volta das 21h30, na sede dos social-democratas imperava o silêncio e os olhos atentavam na televisão, que transmitia o discurso do líder do PSD, Pedro Passos Coelho, e depois para ouvir José Sócrates.
“Está muito frio”, ouvia-se no espaço, e talvez isso ajudasse a explicar a fraca afluência à sede. Ou isso, ou o facto da reeleição de Cavaco Silva não ser propriamente uma surpresa.
A percentagem de votos que o Presidente reeleito obteve no concelho das Calda da Rainha (57,49%) também não foi surpresa, dada a proximidade aos 57,97% obtidos nas presidenciais de 2006. A surpresa foi “a percentagem obtida pelo candidato Manuel Alegre que foi mais baixa que a de há cinco anos e a boa percentagem que teve o candidato Fernando Nobre”.
Lalanda Ribeiro não deixou também de salientar a votação de José Manuel Coelho. “Se calhar foi um voto de protesto que levou a que estes candidatos tivessem umas percentagens boas”, admite.
Habituado às andanças políticas, o mandatário admitiu ainda esperar a elevada abstenção que se verificou em todo o país. “A própria forma como a campanha decorreu, com os ataques que foram feitos por quase todos os candidatos, excepto Fernando Nobre, ao candidato Cavaco Silva não dignificaram a campanha e não mobilizaram as pessoas”, afiança Lalanda Ribeiro.
Outra razão que aponta para a abstenção é “o estado em que está o país, a desmotivação em que estão as pessoas, o desacreditar em que estão a ficar os partidos políticos, embora esta não seja uma eleição em partidos, mas sim em candidatos”. Lalanda Ribeiro acredita que “as pessoas estão desgostosas com a classe política e isso reflectiu-se nas eleições”.

Joana Fialho
jfialho@gazetadascaldas.pt

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