Actualmente os cuidados médicos a cerca de 900 pessoas são prestados por um médico que ali se desloca semanalmente, à quarta-feira, e outro que presta serviço à sexta-feira, de 15 em 15 dias.
“As pessoas estão com o acesso mais dificultado aos cuidados básicos de saúde”, destaca Bruno Dias, acrescentando que este descontentamento popular já foi manifestado junto do Agrupamento de Centros de Saúde do Oeste Norte (ACESON), Assembleia Municipal e até do governo. O próprio gabinete do primeiro ministro confirmou ter conhecimento desta situação e que a encaminhou para o Ministério da Saúde, pelo que “não pode alegar desconhecimento e tem que dar uma resposta”.
Em Alvorninha o deputado comunista encontrou também dificuldades muito grandes. “Trata-se de uma freguesia com 37 quilómetros quadrados, com uma dispersão de 82 povoações, uma população envelhecida e transportes públicos quase inexistentes”, caracterizou.
Os cerca de 1600 utentes (dos quais mil com mobilidade reduzida) contam agora com um médico que ali presta serviço um dia por semana, e outro apenas meio dia.
Os deputados comunistas na Assembleia da República já denunciaram situações como as que se passavam no centro de saúde da Nazaré e do Bombarral, e pretendem continuar a fazê-lo, centrando agora as intervenções com o que se passa nas freguesias caldenses.
Antes das Caldas, Bruno Silva passou também pelo Bombarral, onde reuniu com elementos da comissão de utentes do centro de saúde para se inteirar da situação. E veio contente com as notícias, porque “depois de inicialmente haver informações de que de oito médicos apenas iam ficar dois a exercer, agora sabe-se que por agora apenas um se reformou, ficando sete a trabalhar no centro de saúde”, explicou.
Na sua opinião, esta vitória deve-se à mobilização das pessoas e à sua intervenção bastante activa.
Neste concelho o maior problema encontra-se na localidade do Pó, onde actualmente não existe nenhum médico a prestar serviço a uma população de cerca de mil utentes. Aquela extensão de saúde, inaugurada em 2003, deixou de ter médico em 2008 e agora tem apenas a presença de uma enfermeira duas vezes por semana.
A concelhia caldense do PCP estará presente nas sessões de esclarecimento marcadas pelo ACESON, onde irá questionar sobre estas situações e pretende também voltar a debater o assunto na Assembleia Municipal.