Pedro Seixas vence eleições na Concelhia das Caldas do PS e quer unir os socialistas

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Pedro Seixas ladeado por vários dos elementos que compõem a nova Comissão Política Concelhia e militantes do PS

Arrumar a casa e unir os socialistas caldenses é o objetivo da nova Comissão Política, que irá manter o memorando de entendimento com o executivo Vamos Mudar.

A lista A, denominada “Pelo PS, Pelo Concelho, Juntamos Forças”, que juntou duas candidaturas inicialmente independentes e encabeçada por Pedro Seixas, venceu, na passada sexta-feira, as eleições para a Comissão Política Concelhia das Caldas do PS. Dos 107 militantes inscritos para o ato eleitoral, 60 votaram na lista A e 30 na lista B, encabeçada por Alberto Gonçalves.
Após a vitória, Pedro Seixas diz ser tempo de “arrumar a casa” e “unir os socialistas”. Para isso conta com todos, inclusivamente os elementos da lista adversária, tendo já prevista a realização de um plenário de militantes, a 3 de novembro, que será o pontapé de saída para a ação futura.
Questionado pela Gazeta das Caldas sobre a continuidade do memorando de entendimento assinado com o Vamos Mudar, o sucessor de Sara Velez à frente da estrutura local do PS salientou que o partido não “rasga” acordos e que este é para “continuar e para cumprir escrupulosamente as suas cláusulas”.
“O nosso objetivo é, também, fazer crescer esta estrutura e dizer aos antigos militantes que também precisamos deles”, disse o novo líder da Concelhia, que pretende que a estrutura se abra mais à sociedade. “O PS está no Governo, mas não podemos esquecer que estamos aqui para os caldenses e temos de ser mais atuantes”, disse o socialista, elencando a saúde como o principal problema e a defesa de um novo hospital a ser construído nas Caldas.
Alberto Gonçalves, que manifestou desde logo a disponibilidade de colaboração com a nova Comissão Política, realçou que a lista que encabeçou nunca pretendeu dividir, mas “abanar o imobilismo que existia e que levou a resultados catastróficos nas autárquicas”. Considera que se pode trabalhar em grupo com ideias diferentes e diz mesmo que estas são “molas impulsionadoras para andar em frente, não para divisões”.
Com estas eleições termina o mandato de Sara Velez, deputada na Assembleia da República. Dois anos que a dirigente socialista não previa que fossem tão difíceis, desde logo pela pandemia, que impossibilitou a realização de muitas das atividades previstas. Ainda assim, destaca a concretização de várias ações online e a presença nas Caldas de vários dirigentes nacionais e de elementos do governo, especialmente durante a campanha para as autárquicas que, também, reconhece, não correram bem ao PS.
“Foi um mandato difícil, mas que do ponto de vista da mobilização e a capacidade do partido em responder aos desafios que lhe foram colocados, foi conseguido”, considera a deputada, que não se recandidatou, mas manifesta disponibilidade para trabalhar com a nova Concelhia. “Assistimos à abertura de um novo ciclo, que esperamos que traga a dinâmica que o partido merece e precisa para se afirmar”, concluiu.