PS e Chega cantaram vitória nas Caldas

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Socialistas fizeram uma festa comedida na sede do partido nas Caldas. Foi a segunda vez na história que o PS ganhou legislativas no concelho, depois do triunfo em 2005

Os socialistas registaram uma vitória também nas Caldas, com ânimo na sede. Já o Chega viveu com euforia a eleição de um deputado pelo círculo eleitoral de Leiria

A noite eleitoral foi calma na sede do PS nas Caldas da Rainha, mas com um sentimento de alegria evidente. Já com os resultados finais confirmados e a vitória em toda a linha (tanto a nível nacional, como distrital e concelhio), a presidente da Concelhia socialista, Sara Velez, que garantiu a reeleição para o Parlamento, não escondia o orgulho pelo triunfo.
“Estamos muito satisfeitos com estes resultados, que demonstram a satisfação que o eleitorado tem com as políticas que o Partido Socialista tem vindo a implementar no Governo em Portugal e reforçam com o voto, de forma muito clara e expressa, essa confiança”, começou por referir a parlamentar.

Numa análise aos resultados concelhios, Sara Velez salientou que “foi a segunda vez que conseguimos ganhar umas legislativas, depois de 2005 e já tínhamos tido outras vitórias, mas em eleições presidenciais”, explicou, mostrando-se “muito satisfeita” com o feito alcançado.
“É uma diferença assinalável, de mais de mil votos”, frisou a socialista, acrescentando o facto de o próprio distrito de Leiria se ter pintado de rosa.
Antes de seguir para Leiria, onde se juntaria à festa da vitória, a deputada deixou um “forte agradecimento ao concelho, à região e ao distrito pela renovação da confiança”, deixando a” certeza absoluta que podem ter de que os deputados eleitos por Leiria tudo farão para continuar a defender os interesses das nossas populações e dos nossos territórios”.
Sara Velez deixou, ainda, uma garantia: “podem esperar a mesma dedicação e responsabilidade de sempre, o mesmo empenho e sentido de serviço público que tenho colocado sempre nas minhas funções, no acompanhamento de todas as matérias que nos dizem respeito regionalmente, mas também às nacionais, podem contar comigo, como sempre souberam que podem”.

Na sede do Chega, a satisfação foi grande pela eleição de um deputado pelo círculo eleitoral de Leiria

Festa na sede do Chega
Na sede do Chega o clima também era de euforia, com muitos militantes e apoiantes do partido de André Ventura a festejarem a eleição do deputado em Leiria e os resultados nacionais.
“É um resultado histórico”, exclamou Edmundo Carvalho, presidente da Concelhia do Chega, partido que já nas autárquicas, embora sem eleger vereadores ou deputados municipais, se tinha afirmado como força política relevante no concelho.
“Passámos de um deputado para os 12 e estou muito feliz, somos claramente a terceira força política nacional, apesar dos estigmas todos à nossa volta, de sermos personas non gratas na política e de colocarmos em causa a democracia. Nada disso vai acontecer, somos pessoas de bem”, salientou o dirigente.
“O nosso principal objetivo era eleger um deputado em Leiria e as Concelhias trabalharam muito para isso. Não era fácil, mas tenho a certeza que nos irá representar de forma condigna, é uma pessoa de muito valor”, referiu, acrescentando que os eleitos “vão demonstrar que o Chega já não é um partido de um homem só”.
Desilusão laranja
Do lado do PSD, o caldense Hugo Oliveira considera que estas eleições “trouxeram um novo paradigma politico no contexto nacional, que se arrastou a todo o território”. O reeleito deputado mostra-se preocupado com a “consequência nefasta que esta maioria absoluta possa ter para a região”. “Respeito os resultados eleitorais, mas estarei como sempre na primeira linha da defesa dos caldenses”, sublinhou.
Na leitura do presidente da Distrital de Leiria do PSD, “não foi possível resistir à passagem dos votos do Bloco de Esquerda e CDU diretamente para o PS que lhe garantiram a vitória”. “Por outro lado, o PSD embora tenha perdido as eleições subiu em número de votos e em percentagem”, salienta Hugo Oliveira, notando, ainda, que no concelho das Caldas “houve mais 1.390 votantes nestas eleições” relativamente a 2019. ■