O CDS-PP das Caldas escolheu a Foz do Arelho para, no passado dia 15 de Setembro, iniciar a sua campanha e apresentar publicamente os candidatos aos vários órgãos autárquicos. Uma opção que pretendeu mostrar a importância que o partido dá às freguesias e que, também por isso, fará a sessão de encerramento de campanha em Santa Catarina.
A noite foi de festa, garantida por Quim Barreiros, que quando soube que o amigo Rui Gonçalves era candidato à Câmara, logo se disponibilizou para vir “dar uma gaitada”.
Cerca de 800 pessoas juntaram-se no largo da Foz do Arelho – nas contas dos centristas – para ouvir o Quim Barreiros, mas também para conhecer os candidatos que este partido apresenta aos vários órgãos autárquicos. Rui Gonçalves, que encabeça a lista à Câmara caldense, explicou que o início da campanha na Foz do Arelho pretendeu dar sinal da importância das freguesias para o CDS-PP. O encerramento da campanha será feito em Santa Catarina, freguesia actualmente liderada por este partido.
No programa eleitoral distribuído pelos presentes os centristas defendem o rigor e transparência na gestão autárquica e dizem que querem ver estabelecidos critérios “claros e inequívocos” para a atribuição dos subsídios, a reformulação do site do município, a diminuição da prática de ajustes directos e a fusão das três associações que gerem equipamentos municipais.
Defendem a aposta no termalismo associando-o à economia e cultura do concelho e defendem a construção de uma nova unidade termal, que trabalhe em articulação com a restante oferta, do Balneário Novo e do spa previsto no hotel dos Pavilhões do Parque.
A construção de um novo hospital, localizado entre as Caldas e Óbidos, é outra das medidas que o CDS-PP pretende reivindicar ao governo, assim como a promoção da especialização em áreas de ligação com o termalismo.
O CDS-PP quer ver estabelecido um circuito cultural intermunicipal Caldas – Óbidos, a criação do Parque dos Ceramistas, a Rota dos Pomares e uma plataforma de divulgação dos acontecimentos do concelho.
A limpeza e promoção da Lagoa, o urbanismo e a economia também reúnem várias propostas dos centristas. Defendem a promoção do investimento, a reformulação urbanística da Zona Industrial, a criação de uma carta da competitividade e a construção de uma estrada para o interior do concelho, de ligação à Benedita.
Referindo-se ao candidato à Junta da Foz do Arelho, Rui Gonçalves salientou o facto de ter “ideias muito concretas sobre o que é preciso fazer para desenvolver esta freguesia”. Por outro lado, destacou que José Luís Quaresma não está relacionado com a polémica de desvios de dinheiro que envolve o actual executivo daquela junta de freguesia.
Sobre a actuação de Quim Barreiros, Rui Gonçalves fez questão de explicar publicamente que esta foi gratuita. “O CDS-PP é um partido com parcos recursos e só um grande amigo como o Quim Barreiros é que se dispunha a vir cá e oferecer o espectáculo”, disse, acrescentando que na primeira parte ainda actuou o grupo Replay.
A Foz não é só a praia das Caldas
O cabeça de lista centrista à Assembleia Municipal é Manuel Isaac e às freguesias concorrem Margarida Varela (Nossa Senhora do Pópulo, Coto e S. Gregório), Luís Noivo (Tornada e Salir do Porto), Ester Lázaro (Salir de Matos), José Carlos Simão (A-dos-Francos), Ricardo Filipe (Santo Onofre e Serra do Bouro), Vasco Fialho (Vidais), António Vidigal (Nadadouro), Nelson Ferreira (Carvalhal Benfeito), Rui Rocha (Santa Catarina) e José Luís Quaresma (Foz do Arelho).
“São pessoas sérias, trabalhadoras, determinadas, valorosas, que nas suas freguesias deram sinal de serem dignas representantes do CDS nestas autárquicas”, destacou a também presidente da concelhia, Margarida Varela. Referindo-se especificamente à Foz do Arelho, enalteceu o trabalho efectuado pela equipa na preparação da festa.
O candidato pela Foz, José Luís Quaresma, apresentou-se ao eleitorado como independente na lista do CDS. Candidata-se para terem uma junta “diferente, gerida profissionalmente, com contas certas, diálogo e transparência”. Mostrou-se pronto para agir e explicou que aceitou o desafio porque sente-se preparado e motivado, pois tem experiência profissional, associativa e autárquica. Garante que será rigoroso com a gestão da junta e que trabalhará com a Câmara com a diplomacia necessária para que os objectivos sejam atingidos. No entanto, deixa desde logo o aviso ao executivo camarário: “não serei submisso, não aceitarei decisões que prejudiquem a Foz”.
O candidato disse ainda que a Foz do Arelho não se resume “à praia das Caldas”, mas que possui muitas potencialidades.
No final da noite, depois de ter tocado alguns dos seus êxitos e ter animado a multidão, Quim Barreiros confirmou aos jornalistas a amizade que o une a Rui Gonçaves e a disponibilidade que manifestou em vir cantar “meia dúzia de músicas” às Caldas, tal como diz que fará com outros amigos que tem, candidatos noutros pontos do país. “Não vim cá fazer política, vim apenas dar uma gaitada”, concluiu.