Nas eleições da concelhia, de lista única e que decorreram a 18 de novembro, foi ainda reeleito Henrique Figueiredo como presidente da JP
“A nossa principal missão nos próximos quatro meses é trabalhar para tentar eleger um deputado pelo círculo eleitoral de Leiria”. As palavras são de Sofia Cardoso, a nova presidente da concelhia caldense do CDS-PP, que sucede a Francisco Ferreira, e que tem a acompanhá-la quatro vice-presidentes (Rui Vieira, Manuel Isaac, Smitá Coissoró e Manuel Querido), com experiência em áreas diferentes.
A militante centrista salienta que a realização de novas eleições legislativas, já em março de 2024, e a possibilidade de voltarem a ter representatividade na Assembleia da República deu-lhe uma “motivação crescente” para mostrarem às pessoas “que o CDS faz falta a Portugal”.
A nível local, uma das “lutas”, agora também com expetativa redobrada, é a construção do novo Hospital no Oeste, que o CDS sempre defendeu que seja nas Caldas. Existe uma intenção [de localização no Bombarral], que não nos agrada e é necessário travar que essa decisão se torne oficial”, defendeu. A par da saúde, também a educação merece a preocupação dos centristas, nomeadamente a falta de vagas para a colocação de alunos do ensino secundário no concelho. Defendem a valorização da agricultura como uma alavanca para a economia local e a potenciação das freguesias, sobretudo as rurais, que consideram que têm sido “discriminadas”. Com mandatos em algumas das freguesias, o CDS quer ser mais interventivo e, no horizonte, tem já a preparação das autárquicas de 2025. “Temos de ir às freguesias, estar com as populações e identificar quem está connosco e pode ajudar o CDS a recuperar os mandatos autárquicos que perdeu nas últimas eleições”, salienta Sofia Cardoso à Gazeta das Caldas. De acordo com a dirigente centrista, que exerceu funções de deputada municipal entre 2017 e 2021, o “desaire” das últimas autárquicas ficou a dever-se ao “fenómeno” do movimento Vamos Mudar. “Vamos lutar para que as pessoas percebam que é importante existir, nestes órgãos, partidos com uma ideologia definida, programas concretos que as respeitam e que promovem a criação de riqueza”, concretizou.
Sofia Cardoso reconhece que o CDS nunca foi o partido mais votado, mas realça que, “quando elegeu um autarca ou um deputado, sempre fez um excelente trabalho, tem pessoas competentes e é com base nesse trabalho feito que queremos recuperar a confiança dos eleitores”.
A ajudá-lo, o partido conta com a sua juventude partidária. Re-eleito, Henrique Figueiredo pretende agora reunir com a estrutura para elaborar propostas em áreas como a educação, saúde e habitação. O jovem dirigente recorda que há dois anos foram convidados para o Conselho Municipal da Juventude, mas que este nunca mais reuniu. “Esse seria um espaço privilegiado para apresentarmos as nossas propostas de apoio à habitação, educação, saúde, atividade desportiva, entre outras”, revelou.■