Volt quer igualar salários à média europeia

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Magui Lage recebeu o apoio de vários candidatos na apresentação nas Caldas
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Mudança do modelo económico, que permita ter qualidade de vida sem pôr em causa o planeta é a aposta
“Chega de ter um distrito [Leiria] que não está na mira das opções estratégicas do PS e PSD no que diz respeito à inovação industrial, um distrito que tem tanto para criar postos de trabalho que permitam às pessoas terem salários europeus e fixarem-se, mas também conseguirmos trazer mais dinamismo demográfico e económico à região”. As palavras são de Duarte Costa, co-presidente do Volt Portugal, que no passado dia 10 de fevereiro participou na apresentação da candidatura da caldense Magui Lage como cabeça de lista deste partido pelo círculo eleitoral de Leiria.
O também cabeça de lista às eleições europeias salientou que se trata de um distrito pautado pelo empreendedorismo, pela indústria e a criação de riqueza, mas é, também, “muitas vezes uma das regiões que recebe menos fundos europeus para alavancar a economia do futuro, uma economia verde, digital, que paga salários europeus”. Para o representante do partido pan-europeísta, que está presente em 31 países, é vital aproveitar os milhões de euros dos apoios comunitários para a digitalização, transição climática e digital, permitindo uma indústria que gera empregos e o pagamento de melhores salários.
Referindo-se à candidata pelo distrito, Duarte Costa caracterizou-a como uma “pessoa altamente ambiciosa na transição climática”, que para o Volt, significa na mudança do modelo económico, que permite ter qualidade de vida sem pôr em causa o planeta.
Para a jovem caldense, de 25 anos, esta mudança faz-se com as “políticas certas”.  “O grande objetivo do Volt para Portugal é, em 10 anos, atingir a média dos salários europeus”, disse, acrescentando que o pretendem fazer proporcionando as condições certas para as empresas se fixem, através da criação de clusters tecnológicos e inovadores. Para além disso, a estratégia do Volt é alavancar o conhecimento que já existe em alguns destes setores em várias regiões do país como motores do desenvolvimento nacional e regional. Esta descentralização implica um investimento em transportes públicos, nomeadamente na linha ferroviária. Filha de professores, Magui Lage defende que estes profissionais devem ter as condições necessárias para ensinar e propõe medidas como a redução do número de alunos para cada professor, a diminuição do trabalho administrativo e da carga letiva.
A urgência no combate às alterações climáticas foi um dos motivos que levam a fazer parte do Volt, e para as quais propõe políticas ambientais e pactos intergovernamentais de longa duração. A candidata por Leiria considera ainda que devem ser implementadas medidas para a integração efetiva dos imigrantes.
A cerimónia, que decorreu no auditório da Expoeste, juntou candidatos pelos círculos eleitorais de Santarém, Aveiro, Coimbra, Setúbal, Guarda, bem como a candidata nacional, Inês Bravo Figueiredo, no apoio à cabeça de lista por Leiria e no apelo ao voto a 10 de março.
A linha do Oeste e a promoção da ferrovia foi, de resto, uma das temáticas comum às várias intervenções. Daniel Nobre, cabeça de lista por Santarém, defendeu uma ligação ferroviária entre a sua cidade e Leiria, ao passo que o número 2 pelo círculo eleitoral de Setúbal, destacou o facto das Caldas ter uma estação dentro da cidade, bem como a modernização da Linha do Oeste. ■
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