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Entre Lisboa e Caldas, na Segunda metade do século XIX, um texto reeditado pelo investigador Mário Tavares. Há 34 anos foi assinalado o centenário da chegada do comboio às Caldas e Mário Tavares escreveu um texto na altura que foi agora reeditado e apresentado no Museu do Ciclismo.
Em 1856 foi inaugurado o primeiro troço de 36 quilómetros de caminho-de-ferro entre Lisboa e o Carregado. “Durante três décadas, o país fez o mais extraordinário esforço de que há memória na construção da ferrovia”, disse o investigador João Serra – convidado que apresentou o livro de Mário Tavares – explicando que foram feitos 2153 quilómetros de linhas de caminho-de-ferro (60% da totalidade da rede construída em 100 anos).
A ferrovia teve um grande efeito na vida económica do país. Segundo o historiador aquele transporte permitiu o desenvolvimento das áreas da siderurgia, as indústrias subsidiárias da construção civil, a agricultura e o comércio. Melhorou a mobilidade de bens e pessoas e da circulação das ideias. João Serra ainda referiu, citando Eça de Queirós, que “as próprias ideias chegavam de comboio, vindas de Paris”.
Na segunda metade do séc. XIX emergiu a necessidade de uma ligação rápida com a capital para facilitar o escoamento dos produtos. “Era fundamental chegar a Lisboa”, disse o historiador.
Daí que começasse a emergir a necessidade de uma linha paralela à Lisboa – Porto, que ficasse mais a oeste: a linha do Oeste, cujas primeiras notícias começam a aparecer em 1880. Em 1 de Agosto de 1887 o Diário de Notícias publicava uma extensa reportagem, intitulada “Linha de Torres Vedras às Caldas da Rainha e a Leiria” que dizia: “Mais uma centena de quilómetros de via férrea se abre hoje no nosso país à exploração do público, mais uma larga zona das mais alegres, das mais pitorescas terras, vai ser servida por este poderoso agente do progresso humano”.
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