A semana do Zé Povinho

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Levar poesia de autores portugueses às colectividades e conseguir juntar bastante público nessas sessões, foi uma proeza neste 25 de Abril, que Zé Povinho quer destacar.
Deveu-se às duas uniões de freguesia urbanas das Caldas da Rainha, juntamente com dois actores do Teatro da Rainha, José Carlos Faria e Nuno Machado, bem como as pessoas que compareceram nos vários locais, o sucesso daquelas sessões.
Mas Zé Povinho recorda-se que desde que a Câmara Municipal interrompeu nos anos 80 a comemoração oficial do 25 de Abril por razões discutíveis (ausência de público), foram os executivos daquelas freguesias que tomaram a iniciativa, inicialmente limitada a acontecimentos desportivos e depois alargando o seu âmbito, demostrando a adesão dos caldenses a estes ideais.
Por todas estas razões, Zé Povinho felicita os responsáveis de ambas as uniões – representados pelos presidentes Vítor Marques e Jorge Varela -, que mostram assim poderem estar próximos do sentir das pessoas e dinamizarem o concelho comemorando uma data importante, vendo-se que agora é a própria Câmara que se vem associando à iniciativa um tanto à socapa. Que nos próximos anos ousem alargar estas comemorações com iniciativas ainda mais ousadas.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enquanto guerreava só internamente com as gentes do Partido Democrata e com outros países asiáticos ou da América central e do sul, os portugueses podiam-se mostrar indiferentes ou curiosos com a sua prática política.
Mas agora com as medidas que Trump está a tomar contra a Europa e, especialmente com certas exportações de produtos portugueses, que são muito importantes para a economia nacional, como o vinho, fez-se acenderem os alarmes.
As guerras comerciais que o presidente americano está a lançar em permanência, seja contra os seus concorrentes comerciais internacionais, como a China, a Índia ou a Rússia, seja contra os seus aliados tradicionais, como os europeus, criam uma instabilidade muito negativa nos mercados internacionais.
Mesmo que algumas destas medidas não tenham efeitos práticos, ou muitos desses efeitos se voltem contra os próprios americanos, que passam a consumir muitos produtos bastante mais caros, estas decisões criam uma instabilidade e incerteza nos mercados que afecta o crescimento da economia internacional e gera novas crises.
E, contraditoriamente, estas medidas de retaliação económica beneficiam temporariamente países produtores de vinho como a Austrália, o Chile, a Argentina e a África do Sul, quando amanhã por outra razão qualquer, Trump não se coibirá de lançar outras sanções contra aqueles países.
Quando para Trump o alegado “cão tinhoso” Kim Jong-un se pode transformar numa personagem admirada e cordial, para uns tempos depois este líder norte-coreano se virar para os putativos inimigos (comerciais e não só) Putin e Xi Jinping, antes amigos e inimigos de Trump, ninguém sabe como tudo irá acabar.
Apenas os produtores de vinho portugueses, dependentes de uma situação económica sensível, vêem a prazo a sua situação poder piorar, pelas inconsistências de um político que está a pesar fortemente sobre a política internacional e com graves efeitos na economia do mundo.
Trump parece não estar interessado em cooperar honestamente com os europeus, entendendo-os como terríveis concorrentes, porque ideologicamente não casam com as suas delirantes ideias e Zé Povinho não gosta disso.