A semana do Zé Povinho

0
457
- publicidade -

Zé Povinho aprecia jovens com boas ideias. Mas, mais do que boas ideias, bons projectos. É o caso de dois alunos da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, que venceram, há dias, um concurso de empreendedorismo com o projecto “Forma Cerâmica”. E que merece um aplauso, por ser capaz de fazer um complemento entre a tradição desta indústria tão relevante para a região e os caminhos de futuro e modernização que é necessário percorrer numa economia cada vez mais competitiva.
A proposta apresentada por Sílvia Teixeira e Pedro Carvalho consiste numa abordagem distinta do que estamos habituados a ver e demonstra como é possível combinar, num mesmo conceito, o passado e o presente, olhando para o futuro. Os grandes mestres cerâmicos destacaram-se, entre muitas outras razões, pela capacidade de inovação e adaptação constantes, procurando corresponder aos desafios dos consumidores.
Ora esta “Forma Cerâmica”, que pretende fazer um “casamento” entre o trabalho manual dos modeladores e todas as vantagem que as novas impressoras 3D, tem tudo para dar certo, porque consiste numa abordagem até aqui pouco vista. É, por isso, muito positivo que esta ideia tenha nascido da mente de dois jovens que pretendem, no fundo, ajudar a potenciar uma indústria que ajudou a modelar a nossa região e a torná-la uma referência internacional.

 

Zé Povinho considera que o que está acontecer à administração da EDP (incluindo a subsidiária EDP Renováveis), de um dos mais poderosos e importantes grupos empresariais nacionais com ligações ao estrangeiro, tanto do ponto de vista accionista como do mercado, é quase uma hecatombe. Os portugueses devem ter ficados estupefactos por, no final de uma investigação de 8 anos, o juiz que faz a acusação pública do processo antes do julgamento, ter aceite todas as propostas do Ministério Público, para suspender os principais administradores, tirar-lhes o passaporte para não poderem abandonar o país e exigir uma caução milionária. Ou a Justiça está a cumprir o seu tempo e a derrubar os principais bastiões do poder económico (e político), uma vez que a titularidade destas empresas de serviço público de abastecimento energético sempre tiveram uma impunidade absoluta, ou então o juiz está a entrar violentamente por um caminho (coisa que não é inédita) e no final a mesma tem de sair de fininho por falta de provas. Tal aconteceu recentemente com o processo dos vistos Gold que envolvia até um ministro que foi obrigado a demitir-se e agora saiu ilibado, como outros acusados (não todos).
De qualquer forma, Zé Povinho até sente um certo prazer cínico ao ver um poderoso e bem pago dirigente empresarial – o Dr. António Mexia -, que até foi ministro, cuja política de preços da sua empresa não se compadecia muito com o país onde vive, sentar-se no mocho, por intrincadas razões de compadrio e de manipulação dos apoios públicos e das rendas excessivas. Se os acusados vierem a ser condenados em última instância pelo poder judicial, significa que se deram passos impensáveis no país dos brandos costumes. Agora, se toda a acusação cair por terra, será a justiça portuguesa a passar outro mau bocado. Mas para já são os Drs. António Mexia e Manso Neto que são os alvos perante o espanto do povo português.

- publicidade -