A semana do Zé Povinho

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Gazeta das Caldas
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Filipe Carvalho é hoje um “motion designer” famoso, que trabalha para as grandes produtoras norte-americanas e a quem foi atribuído o Emmy pelo seu trabalho no genérico da série de ficção científica Counterpart, prémio que distingue os melhores da televisão em todo o mundo.
Trata-se, segundo o próprio diz, de um reconhecimento pelas suas produções televisivas tão conhecidas como “Game of Thrones”, “The Leftovers”, “Cosmos” ou “Sons of Liberty” e em filmes como “Spiderman 2”, “Thor 2” e “A Luz Entre os Oceanos”.
Filipe Carvalho é natural do Cartaxo, mas passou a sua juventude nas Caldas da Rainha, tendo frequentado o curso de Técnicas Gráficas e Multimedia no Cencal nos anos 90, onde desenvolveu inicialmente aquelas competências que hoje o distinguem a nível internacional.

Trabalhando para as grandes produtoras internacionais, as tecnologias hoje existentes com base na Internet permitem-lhe continuar a viver em Portugal e intervir na área técnica dos principais centros produtores do cinema e da televisão mundial.
Na passada semana lá estava ele no Microsoft Theater, na baixa de Los Angeles, vestido a rigor para estas cerimónias internacionais, a receber o seu Emmy nesta sessão para os prémios técnicos, tal como na próxima semana estarão os nomeados das principais séries de televisão.
Zé Povinho felicita Filipe Carvalho e deseja-lhe os maiores êxitos nos seus trabalhos futuros, especialmente na série documental sobre jornalismo que ele está a preparar.

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Zé Povinho é do tempo em que era comum as crianças dirigirem-se ao Parque D. Carlos I com as famílias para darem comida aos pombos e aos peixes, havendo mesmo nas entradas vendedores da comida para estes animais.
Os novos tempos permitiram perceber que a proliferação destes “animais errantes”, como são denominados tecnicamente, são muito nocivos nos espaços urbanos, podendo transmitir doenças graves que causam danos nas pessoas e especialmente nas crianças, para além dos prejuízos materiais que provocam.
A alteração da postura municipal que proíbe a alimentação destes animais errantes na via pública, incluindo o Parque, e que vai penalizar aqueles que transgredirem esta norma, foi finalmente aprovada pelo município, faltando agora que seja desenvolvida uma intensa campanha de consciencialização junto da população para evitar que os mais renitentes, por ignorância e por desmazelo, continuem a praticar estes actos.
Provavelmente muitas destas pessoas infractoras, tomam a atitude de alimentar estes animais que pululam na via pública, por terem uma certa pena de vê-los com fome e na tentativa de encontrar comida. Terão de ser convencidas que esses comportamentos poderão provocar doenças graves nos seus concidadãos e que não é dessa forma que resolvem o problema.
Mas exigem-se medidas proactivas que façam diminuir estas populações de animais errantes, sabendo-se que foi feita e aprovada uma proposta na anterior Assembleia Municipal da criação de um pombal contraceptivo na periferia da cidade que poderia resolver estes problemas, seguindo práticas inteligentes de outras cidades mais inovadoras.
Mais de um ano depois, a decisão da Assembleia Municipal ficou por cumprir e como outras tantas promessas adiadas, a Câmara Municipal das Caldas da Rainha tem uma preferência reiterada pelas normas coercivas que dificilmente vão dar resultado concreto num prazo curto. A não ser que a decisão seja para criar mais postos de trabalhos de uma nova “guarda municipal” que vigie, persiga e multe os cidadãos ou as crianças que inadvertidamente ou seguindo hábitos antigos já desatualizados, continuem a alimentar os animais na via pública. Zé Povinho esperava uma atitude mais dinâmica duma autarquia que quer mostrar serviço.

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