A semana do Zé Povinho I 19-10-2018

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Gazeta das Caldas
| D.R.
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Os caldenses foram surpreendidos há dias, nos noticiários das televisões, quando viram o Presidente da República dirigir-se a um jovem caldense, Roberto Gastão Saraiva, pela sua intervenção sobre José Saramago.
O próprio professor Marcelo Rebelo de Sousa abandonou o discurso que tinha preparado para, de improviso, se dirigir ao jovem Roberto Saraiva para o elogiar pelo texto que tinha lido, bem como pela forma como se relacionou com José Saramago, o que lhe deu oportunidade para ganhar o Prémio referente ao concurso de ensaio, promovido pelo Congresso Internacional “José Saramago: 20 anos com o Prémio Nobel”
Este prémio literário atribuído a um jovem estudante na área da Arquitectura não é um facto muito comum e vulgar, mas o caldense demonstrou o contrário e que o seu amor pelos livros e pela literatura é uma opção de vida.
A sua predileção pelas séries televisivas e pelas redes sociais não o impede de também ter uma atenção profunda à literatura publicada, e na sua interpretação dos autores, ter uma visão crítica e mesmo de envolvimento no que aqueles escrevem.
O seu texto que leu na entrega do prémio é um exemplo disso mesmo e razão maior para a decisão do júri. Parabéns ao Roberto Saraiva e votos para que o bicho da escrita não lhe fuja dos seus horizontes.

 

 

 

Gazeta das Caldas
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Os tempos não correm de feição para o presidente da Câmara das Caldas da Rainha. O chumbo do Tribunal de Contas ao acordo entre a Câmara e o Montepio para que este explorasse as termas caldenses representa um forte revés político que o autarca não pode negar. O seu modelo de gestão foi considerado impróprio porque configurava uma falsa compra de serviços ao Montepio e não acautelava devidamente os dinheiros públicos da autarquia.
A Câmara voltou, assim, praticamente à estaca zero quando a cidade já vai a caminho do seu quinto ano com o Hospital Termal fechado. O Dr. Tinta Ferreira bem pode garantir que a autarquia vai tomar em mãos os destinos do hospital termal mais antigo do mundo e que até já tem um director clínico e director técnico, bem como um faseamento para a abertura – por etapas – das várias valências das termas. E até pode dizer que está optimista no sucesso da empreitada e que poderá no futuro ser constituída uma empresa municipal para gerir as termas e o seu património. A verdade é que poucos acreditam na capacidade da Câmara das Caldas em explorar directamente um empreendimento termal que, além de termas, inclui a complexa prestação de cuidados de saúde que caracteriza um hospital. Qualquer hospital.
Sendo certo que os caldenses foram obrigados a ficar com o Hospital Termal que um governo de má memória lhe atirou para as mãos, não é menos certo que nada foi feito para envolver o Estado Central numa partilha de responsabilidades naquilo que tem a ver com a valência da saúde das termas caldenses.
O Dr. Tinta Ferreira está agora sozinho, “com a criança nos braços”, sob o olhar atento da oposição que não lhe vai perdoar a mínima escorregadela neste processo. Valha-lhe, contudo, que pode contar com a maioria no executivo camarário e na Assembleia Municipal.