A semana do Zé Povinho – 2/09/2016

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caldasA Frutos veio demonstrar que Caldas da Rainha pode deixar de ser uma cidade morta à noite e voltar a constituir-se ainda mais como um pólo de atracção do público da região da Grande Lisboa e do Centro do país, se o programa e o tema, bem como a promoção, forem os adequados.
Os caldenses também demonstraram acreditar no evento e aderiram massivamente, uns mais à feira e à sua realização no parque, outros aos espectáculos que foram oferecidos a preços muito razoáveis para a qualidade e notoriedade dos artistas contratados.
A organização, provavelmente por haver um controlo objectivo das entradas através dos bilhetes pagos, não caiu nos exageros de outros que acrescentam zeros aos números e contenta-se por estimar na centena de milhares os visitantes da feira.
Zé Povinho está muito satisfeito com este resultado, apesar de ter encontrado algumas falhas, umas fruto de alguma inexperiência e outras do facto de os organizadores não estarem à espera de tanta adesão (o que obrigou o público a esperar demasiado tempo nas bichas para adquirir o bilhete).
Por tudo isto espera-se que os caldenses voltem a acreditar em realizações com projecção nacional e com potencial para chamar a atenção dos portugueses, como tem acontecido com muitas outras cidades e vilas por esse país fora.
Zé Povinho também gostaria de lembrar que estes eventos deviam estar também virados para o interesse dos muitos milhares de estrangeiros que estão a menos de uma hora das Caldas da Rainha e que podiam chegar à cidade com mais algum esforço. Isso podia ser feito se dessem maior importância e visibilidade mediática ao facto do centenário mercado diário ser o único no país que funciona ao ar livre.
Em conclusão os caldenses estão de parabéns, pelo que Zé Povinho desta vez também os felicita e acha que devem exigir aos seus autarcas para repetirem o evento e melhorarem-no ainda mais.

passos-coelhoZé Povinho quase se tinha esquecido da liderança do PSD, do Dr. Passos Coelho, até porque parece estar ofuscado, por um lado, pelo protagonismo do seu companheiro de partido, Marcelo Rebelo de Sousa que ascendeu à Presidência da República e que ocupa o espaço mediático total, e por outro lado, também pelo actual primeiro ministro, que lhe tirou o tapete e que está a governar com a sua geringonça, deixando-o no ocaso, por se limitar a ser um mensageiro da desgraça.
Nem os principais comentadores da sua área política lhe têm dado apoio, aconselhando-o antes a aproveitar as férias para refrescar a cabeça. Mas parece que a receita não foi seguida e na reentrée lá veio mais uma bomba para os jornais.
Então não é que o Dr. Passos Coelho, numa sua descida ao país, se interroga sobre “quem é que põe dinheiro num país dirigido por comunistas e bloquistas”, esquecendo-se que, há algum tempo, andava com o Dr. Portas pelo mundo, sem critério ideológico, a pedir financiamentos para o Portugal?
Nesta busca de capital não tiveram o mínimo constrangimento em ir à República Popular da China, onde vigora um regime assumidamente comunista (mas onde abundam dólares) procurar investimentos e até aceitá-los com muito agrado nas redes eléctricas e nos seguros. E só não foi na banca porque eles não cobriram a parada.
O infortúnio do Dr. Passos Coelho é que os seus companheiros de partido cada vez acreditam menos nas suas hipóteses de voltar ao poder e estão a dar-lhe tempo para obter uma derrota a fim de o poderem enxotar para o lado. Só o fracasso da actual experiência maioritária de esquerda no Parlamento lhe poderia dar alguma hipótese. E esta só acontecerá se o Dr. António Costa cometer algum erro drástico e perder o apoio crítico do Presidente e dos outros partidos de esquerda, o que para já não parece verosímil.
Assim, Zé Povinho aconselha ao Dr. Passos Coelho a mudar de estratégia, ou então irá de derrota em derrota até à derrota final e não até à vitória. O Dr. Portas já se passou para o privado com êxito e ele continua solitário a lutar contra fantasmas…

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