Zé Povinho é um fervoroso adepto das novas tecnologias que permitem aumentar a produtividade e a sustentabilidade das actividades económicas, nomeadamente quando estão ligadas à exploração de recursos naturais.
Razão pela qual fica entusiasmado e satisfeito em saber que a empresa caldense Bitcliq vem coleccionando êxito na apresentação e promoção duma tecnologia revolucionária para rastrear o percurso do pescado desde o mar ao consumidor final, permitindo assegurar a transparência do uso e exploração destes recursos.
A sua presença em vários certames internacionais, fazendo notar com destaque o seu Big Eye Smart Fishing, captando a atenção de importantes industriais da pesca e potenciando a sua actividade em sector tão sensível, é um bom indicador do êxito que poderá ainda colecionar no futuro com novos desafios tecnológicos.
Está, pois, de parabéns o empreendedor e tecnólogo Pedro Manuel, fundador da empresa caldense, que demonstra estar atento às tendências do mercado internacional das tecnologias de informação de ponta e oferece ferramentas para permitir uma gestão racional e sustentável dos recursos naturais ligados ao sector alimentar provenientes do mar, cada vez mais escassos para a procura global.
O problema das migrações e dos refugiados na Europa está a pôr ao rubro os países da União Europeia, tal como tem acontecido noutros pontos no globo, não se podendo esquecer o que está a ocorrer nos Estados Unidos na fronteira com o México, o mesmo no Brasil na fronteira com a Venezuela, para só se falar nos casos mais recentes.
Agora tudo se torna mais complicado quando não existem soluções globais, assumidas solidariamente por todo o mundo e, especialmente, pelas economias mais desenvolvidas. Depois verifica-se que quem se torna mais exigente e repressivo, são aqueles, que nalguns casos extremos, foram povos de migrações ao longo da sua história, como é o caso da Itália.
É evidente que o afluxo massivo da migrantes, muitos dos quais de carácter económico, para fugirem à fome e à miséria, como aos conflitos étnicos, religiosos e políticos, vão obrigar a que se adoptem rapidamente soluções estratégicas, evitando que os cinismos e as atitudes de discriminação rácica se imponham.
Agora o que é difícil entender é que na Europa solidária se assista à proliferação de atitudes pouco condizentes com os pressupostos da criação da União Europeia e se gerem soluções políticas populistas que cada vez mais dividem os povos e criam profundas feridas, dificilmente sanáveis a prazo.
Zé Povinho não gostou de ouvir as posições manifestadas pelo ministro do Interior italiano e líder do partido nacionalista Liga, Matteo Salvini sobre os migrantes, tal como os próprios autarcas italianos criticaram, para além do Papa Francisco e outros líderes mundiais. Mas o mundo e a Europa têm de ter rapidamente uma resposta adequada para evitar que estas migrações maciças destabilizem os países e façam florescer ainda mais estes movimentos radicais que lembram tempos passados que se julgava não poderem voltar tão depressa.