A diversidade gastronómica da abóbora em escola de Peniche

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Os onze alunos com os docentes e a coordenadora do curso, Patrícia Borges | I.V.

Nuggets de abóbora com maionese… de abóbora, hambúrgueres de abóbora e até um gelado de abóbora. Estas foram algumas das receitas desenvolvidas pelos onze alunos finalistas do curso TesP de Cozinha e Produção Alimentar da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche.
A apresentação decorreu na manhã de 16 de dezembro, na escola. Os alunos desenvolveram ainda diversos tipos de pão de abóbora, pastéis de nata, creme brûlée, profiteroles, sumo, crepes e bonbons, sempre utilizando abóboras da Lourinhã. No total foram utilizadas cerca de 30 abóboras.
“Todos os anos utilizamos produtos diferentes, geralmente mais ligados ao mar, já fizemos com peixe e com algas marinhas, mas este ano decidi desafiar os docentes, Ana Almeida e Samuel Sousa, para desenvolver produtos com abóbora, porque é um recurso que existe muito nesta região”, explicou à comunicação social a coordenadora do curso, Patrícia Borges.
“Peniche não é só peixe”, lembrou a coordenadora.
O objetivo deste projeto é “provocar” as empresas, como pastelarias e restaurantes, mostrando-lhes receitas que podem adaptar para utilizar produtos endógenos.
Sérgio Leandro, subdiretor da escola, destacou o papel destes cursos no desenvolvimento da economia da região.
João Serra, vereador da Câmara da Lourinhã, fez notar que a região é responsável por mais de metade das 45 mil toneladas de abóbora que são produzidas a nível nacional e salientou o facto de os alunos terem aproveitado os chamados desperdícios. “Entre 25 e 70% da produção da região perde-se”, salientou o autarca, notando que os alunos mostraram como aproveitar o máximo de cada abóbora, com as sementes a serem transformadas em farinha e as cascas, a serem primeiro panadas e depois fritas.
“Pode ser um novo foco de grupo, de maneira a que em termos empresarias possa nascer aqui uma startup”, sugeriu João Serra. ■