A Semana do Zé Povinho

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Gazeta das Caldas

Cds_simbolo_2 copyOs partidos em geral preferem realizar eventos “monocoloridos”, ou seja, onde dominem apenas as cores próprias de cada formação partidária.
É raro no país assistir-se a debates públicos organizados pelas próprias formações, em que convidam toda a plêiade de organizações, da esquerda à direita. Certamente temem que as suas doutrinas possam ser contaminadas com as ideias dos outros.
Contudo, nas Caldas da Rainha isso não tem acontecido. O CDS local organizou, no passado dia 8 de Janeiro, um debate sobre o modelo de gestão para o património do Hospital Termal, para o qual convidou todas as forças que participam na Assembleia Municipal, alargando – numa boa prática – o convite a movimentos cívicos (que contudo não aceitaram).
O debate decorreu agradavelmente, tendo todos os partidos presentes, a Câmara Municipal e mesmo vários elementos do público, podido apresentar posições ou sugestões sobre tão candente tema local e regional.
Zé Povinho acha que iniciativas deste género, sobre diferentes temas centrais, se podiam repetir no concelho, dando  lugar a discussões menos formais das que as que se realizam alinhadamente na própria Assembleia Municipal, permitindo discussões descomplexadas e que permitem criar uma melhor opinião pública.
Nos últimos anos tem havido iniciativas do mesmo género de associações e da própria imprensa local, mas a atitude do CDS é de louvar, como o seria se outros partidos o fizessem.
Tudo isto não substitui a organização da vida democrática local institucionalizada, mas cria novas oportunidades de um diálogo aberto, que merece uma enorme aprovação de Zé Povinho. Parabéns aos caldenses e ao CDS local.

2093758-waszczykowski copy“A liberdade e o pluralismo dos meios de comunicação são cruciais para uma sociedade pluralista num Estado membro que respeite os valores comuns em que se baseia a União Europeia”. A frase é do comissário europeu Frans Timmermans, numa carta dirigida ao governo polaco pela aprovação de uma lei que institucionaliza o controlo governamental dos meios de comunicação social. Uma lei que originou inúmeras manifestações de democratas na Polónia e que tem indignado toda a Europa, ao ponto da Comissão Europeia ameaçar colocar aquele Estado membro sobre supervisão, podendo este perder alguns direitos no seio da União Europeia.
Quem está neste momento à frente dos destinos daquele país é gente do calibre do ultra-conservador Witold Waszczykowski, ministro dos Negócios Estrangeiros, que afirmou: “Queremos simplesmente curar o nosso país de algumas doenças.” O governo anterior, de centro-direita, “seguiu um certo conceito político de esquerda”, afirmou o ministro. “Como se o mundo devesse ir apenas num único sentido, segundo um modelo marxista – uma nova mistura de culturas e de raças, um mundo de ciclistas e vegetarianos que só se interessa por energias renováveis e se opõe a todas as religiões”.
Zé Povinho acha que não é preciso acrescentar mais nada para definir esta espécie de gente que tomou as rédeas da nação polaca. Pelos vistos, na visão de Waszczykowski, os partidos portugueses PSD e CDS seriam perigosos movimentos esquerdistas… Mal vai a Europa se mais Waszczykowskis emergirem.