A Semana do Zé Povinho

0
480

O Dr. Joaquim Urbano é o coordenador de uma equipa a quem muita gente deve a sua vida. Trata-se da VMER – Viatura Médica de Emergência e Reanimação, que, mais do que um veículo, é um entidade composta por 17 médicos e 14 enfermeiros preparados para responder às situações mais difíceis e imprevistas que podem surgir por doença súbita ou acidentes.
Este grupo de profissionais trabalha em torno de uma viatura pertencente ao Serviço Nacional de Saúde, que é uma autêntica “unidade de cuidados intensivos em movimento”, equipada com modernos meios de socorro e de suporte avançado de vida, que prepara e dá os primeiros socorros aos doentes em estado crítico ou mais complicado antes de os transportar para o hospital.
Parece que passaram séculos (mas foram apenas algumas décadas) quando o transporte de doentes ou acidentados em risco de vida era feito por viaturas particulares ou táxis que no momento passavam junto a um acidente e que pegavam na vítima e sem quaisquer condições a transportavam para o banco do Montepio a buzinar pelas ruas da cidade.
Zé Povinho não pode ficar indiferente ao 10º aniversário da VMER, destacando que parte dos médicos e enfermeiros que implementaram este projecto nas Caldas da Rainha (mas que acorre aos concelhos limítrofes) ainda se mantém em serviço. Aliás, a existência de um grupo coeso, cujas membros confiam uns nos outros, é fundamental para o bom êxito de missões em que é preciso decidir depressa e bem, muitas vezes sob elevada tensão e stress.
Pelos seus bons serviços prestados à comunidade oestina, Zé Povinho dá os parabéns a estes profissionais e deseja-lhes a continuação de um bom trabalho, com elevada eficiência e eficácia.

O ministro Miguel Relvas conseguiu em meia dúzia de meses tornar-se no alvo preferido da oposição e dos autarcas entre os membros do actual governo de Passos Coelho, conseguindo ultrapassar em polémicas os seus colegas das Finanças e da Economia.
Com a experiência política que tem, deveria saber antecipar muitos dos conflitos e negociar primeiro com as personalidades-chave as reformas que podia fazer avançar. Mas, por mais difíceis que fossem os dossiers, especialmente os ligados à reforma administrativa e que causaram mais controvérsia, o Dr. Relvas afinal parece estar a soçobrar por outra ordem de razões.
Tal como no governo anterior de José Sócrates (para Zé Povinho não ir mais longe e fazer a história de muitos dos governos deste país) é pelos “amigos” ou “pseudo-amigos” que os problemas se desencadeiam mais fortemente.
Ou seja, o ministro adjunto e principal braço direito de Passos Coelho, foi atingido pela polémica do envio de mensagens e sms do ex-espião mor do  rectângulo, Jorge Silva Carvalho, distribuídas a partir dos serviços secretos já depois de este os ter abandonado, o que prova que existe em Portugal um conjunto de figuras dispostos a tudo quando têm ou tiveram algum cargo na estrutura do Estado.
Mas, temente que os jornalistas lhe encontrassem graves contradições entre as declarações que fez e o resultado das investigações realizadas pelo Ministério Público, o Dr. Miguel Relvas passou ao ataque,
E a vítima foi uma jornalista do Público, a quem ameaçou de pôr a sua vida privada na praça pública (não se sabe se a partir de dados recolhidos pelos serviços de informações!…) e decretar o silêncio do governo para o mesmo diário.
Zé Povinho não sabe como este caso vai acabar, mas tem a certeza de que vai deixar uma mácula profunda na história do actual governo. Quanto ao Dr. Relvas, por mais que argumente, não vai conseguir descolar da fama que ganhou.