Os cinco despistes registados no ano passado, que causaram uma vítima mortal e sete feridos ligeiros, foram suficientes para que a ANSR tenha considerado o troço entre os 68,78 e os 68,9 quilómetros da A8 como um ponto negro de sinistralidade. Trata-se de uma curva apertada, que tem sinalização de alerta para curva perigosa.
Ao local foi mesmo atribuído um dos maiores graus de perigosidade entre os 36 da lista, com classificação de 121, batido apenas pelo o quilómetro 27,7 da EN206, que liga as Caxinas a Bragança, considerado o ponto mais grave com classificação de 134. Foi nestes dois pontos que se verificaram as duas vítimas mortais de todos os acidentes ocorridos nos 36 pontos negros presentes na lista.
Nos 36 pontos negros registaram-se 219 acidentes durante o ano passado, envolvendo 425 viaturas, de que resultaram duas vítimas mortais, 14 feridos graves e 311 ligeiros.
163 ACIDENTES COM VÍTIMAS NAS CALDAS
O relatório anual da ANSR diz que as Caldas da Rainha é o quinto concelho do distrito de Leiria com maior sinistralidade, atrás de Leiria, Pombal, Alcobaça e Marinha Grande. No ano passado, foram 163 os acidentes rodoviários com vítimas registados nas estradas caldenses. A maioria das vítimas sofreu ferimentos ligeiros (185), mas houve 16 feridos graves e um morto, resultante de um despiste com capotamento.
No Oeste Norte – que compreende os concelhos de Alcobaça, Nazaré, Caldas da Rainha, Óbidos, Bombarral e Peniche –, o concelho com maior número de acidentes com vítimas é Alcobaça. Este é mesmo o terceiro concelho do distrito com mais acidentes com vítimas (239), mais vítimas mortais (4), mais feridos graves (23) e também ligeiros (279).
No Bombarral ocorreram duas mortes nas estradas, enquanto que os concelhos de Nazaré e Óbidos registaram uma morte cada. Peniche foi um dos cinco concelhos do distrito em que não se registaram mortes nas estradas. Nestes concelhos ocorreram entre 46 e 68 acidentes com gravidade.
Em relação às estradas, a A8, a EN 8 e a EN1/IC2 são as mais perigosas, a que não será alheio o facto de serem também as mais movimentadas. Só nos troços destas vias, numa área compreendida entre Alcobaça e Bombarral, registaram-se 18 acidentes graves em 2016, cinco mortes e 16 feridos graves.
Em relação a atropelamentos, no ano passado não se registaram vítimas mortais nas estradas do Oeste Norte. No entanto, do total de 63 feridos graves registados na região em acidentes rodoviários, 16% resultaram de atropelamento. Só nas Caldas quatro pessoas foram hospitalizadas com ferimentos graves em outros tantos acidentes deste tipo, dos quais apenas um ocorrido na malha urbana. Os restantes aconteceram em Óbidos (3), Alcobaça (2) e Bombarral (1).