A Avenida 1º de Maio esteve repleta de gente | Natacha Narciso
Os caldenses resistiram à noite fria e não deixaram de assistir à actuação dos The Gift. Para a banda de Alcobaça, tocar nas Caldas “é jogar em casa” dada a proximidade e vizinhança concelhia.
A festa, no dia 14 de Maio, contou ainda com uma homenagem à equipa do Caldas Sport Clube, que subiu ao palco para receber os aplausos da multidão que se reuniu na Avenida. Após o tradicional fogo de artifício, seguiu-se a celebração do 10º aniversário do CCC do qual fez parte um espectáculo audiovisual e uma actuação de DJs que colocou os resistentes a dançar.
A Avenida 1º de Maio transformou-se num recinto de festa a partir do final a tarde. Foram colocadas várias bancas de farturas, pipocas, algodão doce, bifanas e cachorros que se colocaram na via principal e adjacentes. Venderam-se balões e maquinetas de bolas de sabão.
Aos poucos, a seguir ao jantar, o público foi afluindo ao local, enquanto já cantavam os rappers Franko e Raul Muta, que participaram no concurso Toma Lá Talento. No final, os músicos partilharam que esta foi uma excelente oportunidade dada pela autarquia para darem a conhecer as suas canções.
Os The Gift deram um concerto de arromba que agradou ao público | Natacha Narciso
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As pessoas continuaram a chegar. Agora para dar as boas-vindas ao grupo de Alcobaça, os The Gift, que já são habitués da cidade. Como tal, “actuar cá é como jogar em casa”, disse a cantora Sónia Tavares, antes do concerto, recordando umas das suas primeiras vindas às Caldas, numa semana académica que teve lugar na Expoeste.
Em véspera de feriado, o grupo deu a conhecer alguns temas do seu último álbum Altar. Além da digressão pelo país, já têm algumas datas internacionais, uma delas, na Rússia, “na véspera do jogo de Portugal”, comentou a cantora que espera, por isso, contar com portugueses na plateia.
A vocalista marca a diferença pela grande energia em palco e esteve todo o concerto a dançar e a interagir com o público. Além dos novos temas – You will be Queen, Big Fish ou Malifest – houve tempo para viajar pela carreira de 23 anos de canções dos The Gift. A maioria dos temas foi também cantada pelo público, como aconteceu em Primavera, Clássico, Gaivota ou Fácil de Entender.
A meio da actuação, Nuno Gonçalves decidiu interagir com a assistência para dizer que ele e o irmão John Gonçalves passavam férias em Salir do Porto, perguntando se havia alguém entre o público desta localidade “onde em crianças passámos tempos tão felizes”.
Tempo agora para um momento inesperado: Nuno Gonçalves (com um pequeno órgão) e a cantora Sónia Tavares interpretaram quatro temas no meio do público, arrancando fortes aplausos aos convivas.
No final, a pedido do público, o grupo ainda fez dois encores.
Um dos momentos da instalação audiovisual que teve lugar na fachada do CCC | Natacha Narciso
JOGADORES AO PALCO!
Tinta Ferreira aproveitou para homenagear a equipa do Caldas, clube que está a celebrar 102º aniversário. Os jogadores subiram ao palco antes do fogo de artifício, que foi lançado do edifício da Câmara Municipal.
Segundo o presidente, as festividades da véspera do Dia da Cidade custaram 35 mil euros (mais IVA).
Entre o público, Ângela Félix, das Caldas da Rainha, assistiu ao espectáculo com o filho ao colo. “A Sónia é uma grande maluca e tem um vozeirão do caraças! Foi de facto muito bom!”, disse à Gazeta das Caldas. A sua mãe, Isabel Félix, também estava satisfeita com a actuação. Por causa do frio preferiu ouvir o concerto recolhida nas arcadas, mas o facto não a impediu de ir dançando os vários temas interpretados pela banda alcobacense. “Foi mesmo bom. Valeu bem a pena, tanto o concerto como o fogo de artifício!”, rematou.
Na Praça 25 de Abril estiveram quatro animadores-músicos, vestidos de branco, que foram conduzindo as pessoas para o CCC que nessa noite iniciou a celebraçãoo do 10º aniversário.
O habitual fogo de artifício decorreu logo a seguir à actuação do grupo alcobacense | Natacha Narciso
O frio apertava e por isso as pessoas agasalharam-se melhor, mas a maioria não desmobilizou e assistiu à instalação audiovisual de grande formato que usou a fachada do edifício como se fosse uma tela.
No final, Rui Gato, o autor da intervenção, mostrou-se satisfeito com a estreia desta peça, Mómada/Nómada, de 17 minutos, que foi pensada para aquele local. A noite prosseguiu com o pequeno auditório transformado em pista e os resistentes dançaram madrugada fora ao som dos DJs caldenses Fat & Slim.