Administração do CHON nega que faltem materiais e medicamentos nos hospitais

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Conselho de Administração do CHO reage à denúncia de “situação de penúria” feita por médicos

O Conselho de Administração do Centro Hospitalar Oeste Norte desmente “categoricamente que se verifiquem, em qualquer um dos três Hospitais que integram este Centro Hospitalar, falta de materiais, medicamentos ou quaisquer outros bens essenciais para a manutenção da atividade das referidas Instituições”. É esta a resposta dos responsáveis pela administração dos hospitais das Caldas da Rainha, Alcobaça e Peniche à denúncia feita há duas semanas por médicos dos centros hospitalares Oeste Norte e de Torres Vedras, num comunicado emitido após uma reunião na sede do Distrito Médico do Oeste da Ordem dos Médicos, nas Caldas da Rainha.
A reacção assume a forma de carta endereçada à Ordem dos Médicos, da qual foi dado conhecimento à comunicação social, onde os responsáveis apresentam “um protesto formal pela forma como foram apontadas estas alegadas falhas, sem que tivesse a Ordem dos Médicos procurado esclarecer junto do Conselho de Administração tais informações”. Um documento onde também apelam a uma rectificação por parte da Ordem dos Médicos.
A reposição da verdade, dizem, seria o melhor contributo “para fazer o justo reconhecimento do trabalho que todos os profissionais do CHON têm vindo a desenvolver num momento de fundamental importância para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde”.Na missiva, a administração hospitalar diz ainda estar empenhada “em manter o nível de cuidados de saúde  a que a população servida por esta Instituição está habituada”. E acrescenta que “prova disso é que, apesar das restrições económicas e financeiras que o país e as suas Instituições vivem, tem sido possível manter e, em alguns casos melhorar, os indicadores de atividade do CHON”.
O Conselho de Administração diz-se disponível para prestar informações sobre a real situação do CHON e “da estratégia que vem sendo seguida para racionalizar gastos e diversificar fontes de receita, procurando manter o nível de cuidados”.
Na última edição da Gazeta das Caldas¸era noticiado que os médicos apontaram uma “situação de penúria” ao CHON e ao Centro Hospitalar de Torres Vedras. O comunicado serviu ainda para os profissionais de saúde reivindicarem a manutenção de dois serviços de Urgência Médico-Cirúrgica na região (tanto nas Caldas como em Torres Vedras), bem como do internamento das especialidades de Medicina Interna, Cirurgia Geral e Pediatria. Os médicos defenderam ainda a continuidade do Hospital Termal no Serviço Nacional de Saúde e apontaram consequências negativas a algumas das mudanças que estão a ser estudadas pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo no processo de reorganização das unidades hospitalares da região.

Joana Fialho
jfialho@gazetadascaldas.pt

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2 COMENTÁRIOS

  1. Acho que uma coisa é racionalizar despesas outra é estar sistematicamente a agir contra os utentes e contra a cidade. Este conselho de administração está a mais e já devia ter ido embora

  2. Pelo comentário nota-se que para os caldenses o CHON é o CHCR ! Não faltam medicamentos no CHCR, faltam às vezes organização, bom senso, que são compensados com excesso de interesses privados !