O Agrupamento de Escolas Rafael Bordalo Pinheiro assinalou, nos dias 21 e 22 de Março, os dias do agrupamento e as jornadas da saúde. Durante dois dias houve palestras, recolhas de sangue, actividades físicas, exposições, teatro e bancas com alimentação saudável.
A directora, Maria do Céu Santos, considera que a iniciativa foi um sucesso e diz que terá continuidade no próximo ano.
Bianca Maçãs sempre disse que quando tivesse 18 anos queria dar sangue. Atingiu a maioridade em Dezembro e encontrou nas Jornadas da Saúde a oportunidade para satisfazer esse desejo. Enquanto preparava o formulário, na manhã de 23 de Março, a jovem estudante partilhou com a Gazeta das Caldas a ansiedade que sentia, mas garantia que a vontade de ajudar alguém era maior.
Já Ana Cristina Oliveira, professora de Espanhol, é uma veterana nestas andanças. É dadora e não perdeu mais esta oportunidade para dar sangue pois “há sempre carências, sobretudo do sangue tipo A”, explicou.
A docente destacou o facto de se realizar uma colheita na escola, que vê como um exemplo de cidadania e de incentivo aos alunos para que estes também possam contribuir nas dádivas. A iniciativa, feita através da Associação de Dadores de Sangue das Caldas da Rainha, era aberta à comunidade e, dias antes, esteve na escola um médico do Instituto Português do Sangue para esclarecer os jovens e incentivá-los para a recolha.
Esta era apenas uma das muitas actividades que decorreram durante dois dias no âmbito das Jornadas da Saúde. Por exemplo, no átrio junto ao bar, estava uma caixa de questões onde os alunos poderiam colocar um papel com os assuntos que os preocupam. Depois de lidas as sugestões ou pedidos, poderão ser organizados workshops ou palestras relacionadas com a saúde. “Temos a voz dos alunos a dizer o que os preocupa verdadeiramente”, disse Cláudia Roque, professora de Inglês.
Também no átrio era calculado o Índice de Massa Muscular e numa outra banca havia alimentação saudável. Rodrigo Pedras, da Associação de Estudantes, explicou que os jovens já há algum tempo que mostram preocupação com o que comem. “Tentámos apresentar uma alternativa de alimentação, que além de saud consumida que actualmente ção”açu strelas, desde as untos que os preocupam. Ess taioridade em Dezembro e encontrou nas Jornadaável também pode ser saborosa”, disse, lembrando que actualmente é consumida muita “junk food”, alimentos com alto teor calórico e poucos nutrientes.
Em grande parte dos doces não foi usado açúcar, apenas a sacarose da fruta. Havia também para provar falafel, nuggets de tofu, húmus e sumo de laranja natural feito na hora. As receitas confeccionadas pela mãe de uma aluna tiveram tal adesão que no primeiro dia venderam tudo em pouco tempo.
Também na cantina da escola já há comida vegetariana desde o ano passado. A Bordalo Pinheiro disponibilizou esta oferta mesmo antes da norma do Ministério da Educação entrar em vigor, tendo em conta o número de alunos que já tinham estes hábitos. Muitos deles levavam a sua própria comida vegetariana e aqueciam-na na escola. A directora, Maria do Céu Santos, conta que contactou o ministério e, não conseguindo a aprovação para ter a ementa vegetariana, conseguiu negociar com a empresa fornecedora a confecção daquele tipo de comida.
Os alunos da escola de Santa Catarina fizeram uma caminhada à zona da Mata das Mestras e levaram piquenique com a comida do refeitório da escola. Houve também formação em suporte básico de vida neste estabelecimento de ensino, entre outras actividades.
A directora do agrupamento fez um balanço positivo das primeiras jornadas da saúde e quer manter a iniciativa. Entre as apostas para o futuro estão a tentativa de envolver mais os pais nas actividades propostas.
Uma linha de apoio ao aluno
Um aluno que tenha um problema e que se sinta constrangido em partilhá-lo directamente com um professor tem agora a possibilidade de o fazer através do correio electrónico. A Linha de Apoio ao Aluno está a funcionar há cerca de mês e meio e até à data todas as questões que têm surgido tiveram resposta por parte da psicóloga.
De acordo com a directora do agrupamento, Maria do Céu Santos, só uma psicóloga lê os e-mails e os responde ou direcciona-os para outra entidade a fim de dar resposta, como é o caso da Câmara das Caldas, CPCJ, PSP, GNR e o centro de saúde, com quem foram estabelecidos protocolos. A psicóloga recebe a resposta e comunica-a ao aluno .
Esta linha de apoio pode ser acedida no site da escola.
Greve dos funcionários fechou algumas escolas
A Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro esteve aberta durante os dois dias de greve dos funcionários (21 e 22 de Março), por estarem a decorrer as Jornadas da Saúde e também Provas de Aptidão Profissional (PAP) “Tínhamos uma responsabilidade muito grande perante as entidades externas”, disse a directora do agrupamento, acrescentando que, caso contrário, a escola fecharia porque só estavam cinco funcionários a garantir o serviço, juntamente com os docentes.
A Escola Secundária Raul Proença esteve fechada nos dois dias de greve, enquanto que a EB de Santo Onofre (do mesmo agrupamento) esteve fechada na sexta-feira. No dia anterior funcionou apenas o 1º ciclo.
A EB D. João II esteve aberta na quinta-feira e fechada na sexta.
Em Óbidos a Escola Secundária Josefa de Óbidos funcionou na quinta-feira e esteve fechada no dia seguinte. Relativamente aos complexos escolares, na quinta-feira as aulas decorreram com normalidade e na sexta-feira houve apenas algumas aulas, sobretudo durante a manhã.