Atropelamento trágico na A8 vitima homem no dia do seu aniversário

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Um homem de 33 anos, que festejava o seu aniversário, foi mortalmente atropelado na A8 durante a madrugada de 15 de Julho, depois de ter decidido caminhar até às Caldas da Rainha pela auto-estrada a partir da estação de serviço de Óbidos, onde tinha parado com a sua mulher e três amigos.Os bombeiros voluntários e elementos da VMER que acorreram ao local do acidente, depararam-se com um cenário dantesco. “Foi de facto impressionante o que eles viram. Todos ficaram emocionados com o que viram, mesmo quem já está habituado a situações mais graves”, disse à Gazeta das Caldas o comandante dos bombeiros das Caldas, José António Silva.Tendo em conta o estado do corpo, que foi trucidado e ficou sem roupa, o comandante dos bombeiros caldenses, acredita que terá sido mais do que um veículo a atropelá-lo e um deles poderia ter sido um camião. “O senhor que telefonou para o 112 e que também o terá colhido, disse aos bombeiros que só reparou que era uma pessoa que tinha atropelado quando foi ao local”, referiu.Luís Mendes residia em Casal Teodoro (Alvorninha), trabalhava numa empresa do tio em Lisboa e tinha um filho de nove anos. Festejava nessa noite o seu 33º aniversário. Segundo José António Silva, “ele ter-se-á desentendido com alguém do grupo e decidiu vir a pé”. De acordo com as informações recolhidas no local pelos bombeiros, Luís Mendes ainda chegou a voltar para trás porque se teria esquecido da carteira na casa-de-banho, mas voltaria a deslocar-se a pé pela auto-estrada, mantendo a recusa de voltar no carro com a mulher e os amigos.O funeral de Luís Mendes teve lugar na passada terça-feira, 17 de Julho, em Alvorninha.De 9 a 15 de Julho a GNR das Caldas da Rainha registou 28 acidentes, dos quais resultaram um ferido grave e 13 feridos ligeiros.A GNR das Caldas deteve, a 10 de Julho, um condutor que se recusou a identificar-se perante as autoridades.A 13 de Julho um homem com 59 anos de idade foi detido pela GNR de Alcobaça por conduzir um veículo ligeiro de mercadoria que se encontrava apreendido por falta de seguro de responsabilidade civil obrigatório. Na Ribafria a GNR deteve um homem por conduzir sem carta.No mesmo dia, em Peniche, foi detido um homem que tinha pendente um mandado do tribunal por não ter pago uma multa a que havia sido condenado em alternativa a pena de prisão efectiva. Após o pagamento da multa ficou em liberdade.Em Ferrel, no dia 15, foi detido um homem que conduzia com uma taxa de alcoolémia de 1,74 gr/l.
Encontradas 256 plantas de cannabis na Benedita
A GNR apreendeu na Benedita 256 plantas de cannabis e deteve um homem de 54 anos que se preparava para regá-las quando foi apanhado.Depois de uma denúncia anónima, os guardas montaram uma acção de vigilância ao local de cultivo. Durante a acção foi ainda apreendido um saco com 100 gramas de folhas de cannabis já secas.O detido, residente no concelho de Alcobaça, foi constituído arguido e sujeitos a Termo de Identidade e Residência.Na madrugada de 15 de Julho, pela 1h45, a GNR da Benedita mandou parar um veículo onde encontrou 96 doses de haxixe, dissimuladas num maço de tabaco, que foram apreendidas. Na sequência desta apreensão de droga, foram detidos os dois ocupantes da viatura, de 20 e 22 anos. Presentes a tribunal, foram constituídos arguidos e colocados em liberdade, sujeitos à medida de coacção de Termo de Identidade e Residência.A 10 de Julho a GNR também deteve, na Serra d’El Rei, um indivíduo que tinha consigo 11,8 gramas de haxixe. Dois dias depois a Guarda deteve outra pessoa, em Casal dos Carvalhos (Caldas), por suspeita de tráfico de estupefacientes.
Assaltos na região
No dia 9 de Julho foi assaltado um armazém e um veículo no Campo. No dia seguinte a GNR de Alcobaça recebeu uma queixa pelo furto de uma retroescavadora e por uma burla na compra de um computador pela Internet. A 10 de Julho foi assaltado outro carro, desta vez em Óbidos, e uma casa em Casais de Santa Teresa.Na barragem do rio Arnóia foi detido, no dia 12, um homem que pescava com um número de canas superior ao legalmente permitido. Na barragem de São Domingos foram detidos outros dois pescadores pelo mesmo motivo, a 14 de Julho.No dia 12 de Julho foi furtado um veículo em Casal Lavradio e outro nas Gaeiras. Em Óbidos assaltaram duas viaturas e levaram paletes de madeira. Em São Martinho furtaram uma carteira e assaltaram um carro. Nos Casais do Baleal houve furtos em dois quintais e em Bolhos (Peniche) foi assaltado um estabelecimento comercial.A 13 de Julho a PSP das Caldas recuperou um veículo ligeiro de passageiros, que tinha sido furtado na área da GNR do Cadaval. Duas viaturas foram assaltadas em Praia Porto Batel (Peniche) e São Martinho do Porto.Nesse dia foram assaltos dois estabelecimentos comerciais em Turquel e Vimeiro, e cinco viaturas junto a praias e locais turísticos (Bom Sucesso, Praia d’El Rei, Óbidos e Almagreira). No dia 14 assaltaram outra viatura em Óbidos.Um homem foi assaltado por um desconhecido e agredido a murro na Benedita, a 15 de Julho. No mesmo dia assaltaram uma casa na Aldeia da Lapinha (Óbidos).
Dispositivo dos bombeiros das Caldas foi reforçado
Este ano a corporação de bombeiros das Caldas da Rainha tem duas equipas de combate a incêndios (ECIN), mais uma do que era habitual durante a época de fogos. Estas equipas, compostas por cinco elementos cada e dois carros de combate, têm como missão prioritária a intervenção imediata em incêndios florestais. “Recebemos uma chamada e no minuto seguinte estão a caminho”, explicou o comandante José António Silva.Outra novidade é a existência de mais uma equipa de logística de apoio a combate (ELAC) composta por dois elementos e um auto-tanque com água.No domingo, 15 de Julho, os bombeiros caldenses não tiveram mãos a medir com uma série de incêndios que não atingiram grandes proporções, em São Domingos, nas traseiras do quartel e junto ao matadouro da empresa João dos Frangos. Foram ainda chamados a dar apoio num incêndio em Pombal. Segundo José António Silva, o facto de terem tido um reforço no dispositivo de prevenção, e haver sempre voluntários disponíveis no quartel, tem evitado que a sirene dos bombeiros necessite de tocar. Apesar das temperaturas altas, até ao fecho desta edição não houve mais nenhum fogo no concelho.

PSP só divulga o que lhe interessa

Após várias insistências da Gazeta das Caldas em voltar a ter acesso à informação completa sobre as ocorrências policiais na área da PSP, o comando distrital da polícia negou-se a que fosse a esquadra local a divulgar os dados semanalmente, como acontecia desde há alguns anos.
“A interação com os órgãos de comunicação social é, no caso concreto, dos Comando Distritais e como é óbvio não o será das Divisões ou Esquadras policiais, a não ser que estas estejam superiormente autorizadas (pelo CD de Leiria) e em casos pontuais”, refere o gabinete de relações públicas em resposta ao nosso pedido.
A prática de um jornalista recolher pessoalmente a informação das ocorrências semanais tinha sido substituída, por opção da PSP, por comunicados diários emitidos pelo comando distrital.
O nosso jornal reparou que nos últimos meses estes comunicados deixaram de conter informação sobre assaltos, furtos e outros acontecimentos. A opção da PSP tem sido a de só divulgar um mínimo de casos que não têm relevância. Diversas situações graves foram omitidas desses comunicados e só quando a Gazeta faz perguntas sobre um caso concreto é que são dadas mais informações. Na prática, a PSP utiliza os órgãos de comunicação social como mero instrumento de propaganda, onde divulgam detenções (por mandato do tribunal, por exemplo), recuperação de automóveis furtados (mas não dos que são furtados e não são recuperados) e pouco mais.
“A política comunicacional existente na PSP é da responsabilidade e orientação da Direção Nacional e à qual o CD de Leiria deve obediência integral e sem quaisquer reservas”, adianta a resposta da PSP.
Essa “política”, no entendimento da PSP, é suficiente para responderem que “nada mais tem a acrescentar ou informar além daquilo que é mencionado nas Notas ou Comunicados de Imprensa emitidas e enviadas diariamente aos Órgãos de Comunicação Social, ou então, informar qualquer caso concreto que ocorra nas suas áreas de jurisdição e que seja do conhecimento, neste caso, do jornalista, desde que este o solicite e a PSP entenda por conveniente e proficiente informar”.

Pedro Antunes

pantunes@gazetadascaldas.pt