A comitiva vai continuar a reunir com diversas entidades e colocar o assunto na ordem do dia, para que possa “ser devidamente avaliado”
Uma comitiva composta pelo presidente da Câmara e elementos da comissão da saúde da Assembleia Municipal reuniram, na passada terça-feira, com os grupos parlamentares do PS, PSD, Iniciativa Liberal e Livre, na Assembleia da República. Os autarcas apresentaram uma proposta para a construção do novo Hospital do Oeste num terreno partilhado pelos concelhos das Caldas e de Óbidos, próximo do nó da A8 e da Linha do Oeste.
De acordo com o documento, realizado pelos vários departamentos da autarquia, a melhor localização para a instalação do novo Hospital do Oeste situa-se em S. Cristóvão (junto às oficinas da Câmara) num lote de terreno com maturidade técnica para construção com uma área bruta superior a 75.000 metros quadrados numa área total do lote de 196 mil metros quadrados. Esta localização permite a criação de 1700 lugares de estacionamento e a existência de diversas especialidades médicas ou cirúrgicas, nomeadamente internamento, consultas externas, bloco operatório, maternidade e Hospital de Dia. O estudo prevê ainda, ao nível dos cuidados de saúde, a existência de 600 camas para internamento, 50 gabinetes de consultas, 6 salas de bloco operatório, 2 salas dedicadas a cirurgia ambulatória, 6 salas de maternidade e 60 postos de tratamento no Hospital de Dia.
O equipamento a criar irá abranger um total de 359.989 habitantes dos concelhos de Torres Vedras, Alcobaça, Caldas da Rainha, Alenquer, Peniche, Lourinhã, Rio Maior, Nazaré, Bombarral, Cadaval e Óbidos. Diverge do apresentado pela Universidade Nova, que inclui também os municípios de Arruda dos Vinhos e Sobral de Monte Agraço e algumas freguesias de Mafra, mas não inclui Rio Maior.
O documento apresenta ainda um gráfico com a distância entre as redes viárias e a localização proposta, que distam entre menos de 1quilómetro (ao nó da A8) e 3 quilómetros (estação ferroviária de Óbidos).
Estudo da Câmara em fevereiro
Nos encontros, a comitiva caldense alertou os parlamentares para a situação de falta de resposta nos cuidados primários e hospitalares e também a necessidade de construção do novo hospital. “Para uma decisão fundamentada e adequada tem de haver mais critérios, apenas os de distância e tempo são escassos”, alerta o autarca, referindo-se ao estudo encomendado pela OesteCIM. Embora o estudo encomendado pela autarquia caldense apenas seja tornado público em meados de fevereiro, Vítor Marques, considera que “ainda vai a tempo” da tomada de decisão por parte da tutela. Os autarcas caldenses querem continuar a ser recebidos pelos partidos com assento na Assembleia da República, na Comissão da Saúde, ARSLVT, pelo Grupo de Trabalho para decidir da localização, pelo diretor executivo do SNS, bem como pelos ministros da Saúde e Coesão Territorial. “Queremos colocar este assunto na ordem do dia de modo a que seja devidamente avaliado”, disse à Gazeta das Caldas. ■