Bandeira provoca divergência no executivo

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O executivo municipal das Caldas, aprovou, na sessão de Câmara de 28 de março, uma moção de solidariedade para com o povo ucraniano, com a adoção de várias medidas. A proposta inicial do PSD, que depois reuniu contributos do PS, condena o ataque e a invasão da federação russa à Ucrânia, demonstrando solidariedade com o povo ucraniano. Um dos pontos dessa moção consistiu no hastear da bandeira daquele país, por uma semana, nos Paços do Concelho, mas que não colheu a unanimidade das intenções de voto.
O vice-presidente Joaquim Beato (Vamos Mudar) absteve-se, e a vereadora Conceição Henriques, também do movimento, votou contra. Na declaração de voto, a autarca justifica a posição com o facto de considerar que a “bandeira nacional é um símbolo da soberania e independência nacionais, pelo que o hastear de uma bandeira de uma nação estrangeira num edifício público, sem que tal seja feito no âmbito da diplomacia que acompanha visitas de altas individualidades desses países em Portugal nos termos e condições definidos pelo Protocolo de Estado, deve ser encarado com especial reserva”. Acrescenta que aquela “não é uma ação que contribua para a resolução da situação dramática que o povo ucraniano enfrenta, nem dos graves problemas sentidos pela comunidade ucraniana residente neste concelho”, mostrando-se solidária com aquele povo e repudiando os atos de guerra de que estão a ser alvo.
Já a decisão de contactar a comunidade ucraniana das Caldas da Rainha recolheu a unanimidade, assim como a recolha de donativos e bens essenciais para enviar à embaixada da Ucrânia em Portugal.
Os apoios serão enviados para a cidade de Ladka-Zdroju, na Polónia, que é membro da Associação Europeia de Cidades Termais Histórica, tal como as Caldas, e que está a pedir auxílio com bens essenciais para apoiar os ucranianos que estão a chegar a essa cidade. ■