Rotários querem crescer para poderem servir mais. Além da saúde e da educação, foco estará também no ambiente
Mais de meia centena de membros de vários clubes rotários marcaram presença, no passado sábado, no Centro Cultural Gonçalves Sapinho, na Benedita, no 6º seminário de formação Rotary do distrito 1960.
O governador do distrito rotário, Paulo Martins, aproveitou para dar a conhecer o Plano Estratégico do distrito 1960, onde constam algumas das prioridades o desenvolvimento do quadro social.
“Precisamos de ser mais para responder mais”, salientou, notando que o aumento dos quadros se faz “trazendo pessoas, retendo as que temos e dando-lhes formação”. E é precisamente nesse sentido que surge este seminário, o sexto, depois de Lisboa, Lagos, Tavira e Portalegre. Mas se, por um lado, é importante o reforço do quadro social, não deixa também de ser fundamental a criação de novos clubes.
“É importante que outras regiões, que não têm ainda um clube rotário”, referiu, notando que existem neste momento 72 clubes e “nem todos estão bem, no final deste mês, na região de Lisboa, um dos clubes será integrado noutro”. Ainda assim, afirma, o propósito é crescer”, não só em termos de clubes rotários, mas também nos Interact (dos 12 aos 18 anos) e Rotaract (entre os 18 e os cerca de 35 anos), ainda que sempre com um foco, o objetivo não é apenas “crescer quantitativamente, mas também qualitativamente”.
Por outro lado, “um dos aspetos preocupantes para nós é a diversidade etária, ou seja, os desafios intergeracionais, porque a integração nos clubes dos jovens e dos menos jovens é absolutamente fundamental”.
O objetivo de aumentar os quadros sociais é alargar a ação no terreno, que é amplamente conhecida, por exemplo ao nível da educação, mas também da saúde.
“Queremos criar um projeto internacional na área da saúde materno-infantil, que passa pela construção de infraestruturas na Ilha do Princípe que ajudem a mitigar o risco de morte das mães e das crianças”, revelou o dirigente.
No topo das prioridades está também a área do ambiente. Um dos projetos nessa área chama-se “Árvore Eterna Companheira”, e tem como objetivo que cada clube rotário proceda à plantação na sua comunidade do número de árvores correspondente ao número de sócios que tem. Outros clubes, mais próximos das praias, têm projetos de limpeza do areal.
Na última vinda do governador rotário às Caldas, em conversa com a Gazeta, Paulo Martins traçou como meta o aumento do número de sócios num total de 5%, o que faria com que atingissem os 1450 sócios. Desde então admitiram cerca de 50 sócios, um número próximo daqueles que perderam. “Não desistimos desse objetivo, temos vários clubes em formação e temos como objetivo que os clubes atuais admitam 130 sócios até ao final do ano”, frisou, revelando que atualmente neste distrito há 1385 sócios.
Uma particularidade é que o distrito 1960 está acima da média no que à presença de mulheres nos quadros sociais diz respeito, com um total de 28%, quando a nível mundial esse número se situa nos 25%. “É importante notar que as senhoras só entraram no Rotary em meados dos anos 80 do século passado. Mas estamos a caminhar para os 30% e quando falamos dos clubes mais jovens os indicadores são muito interessantes, com 47% no Rotaract e com mais de 55% no Interact”, esclareceu. “Estamos a viver um ano rotário com duas eleições, o que é normalmente perturbador”, fez notar.
Sobre o desafio que deixou nas Caldas na sua visita, nomeadamente, a criação de um Interact na cidade termal, “ainda não foram dados muitos passos”, revelou. ■