União dos Sindicatos de Leiria reuniu-se nas Caldas para se manifestar contra a “complementaridade” entre o privado e o público para resolver as insuficiências do SNS
A União dos Sindicatos do Distrito de Leiria (USDL) realizou uma manifestação, junto ao final da Rua das Montras, no passado sábado, dia 16, no âmbito da Jornada Nacional de Defesa e Reforço do SNS.
“A iniciativa teve ampla adesão de trabalhadores e população, com mais de 250 pessoas presentes, destacando-se, para além do movimento sindical, a participação e intervenção de Comissões de Utentes de serviços de saúde de todo o distrito”, informou a organização em nota de imprensa.
As intervenções destacaram a “necessidade de reforço do SNS público, universal, gratuito e de qualidade”, de modo a “garantir cuidados de saúde às populações” que melhorem a “qualidade de vida” e contribuam para o “progresso do país, competindo ao Estado a defesa”, continua o comunicado.
A união sindical acusa os dirigentes políticos de “degradar o SNS esvaziando-o dos instrumentos necessários e transferir para os privados uma parte substancial da prestação de cuidados”.
Foram destacados, pela Coordenadora da USDL, Mariana Rocha, os “principais problemas do SNS no distrito”: “a falta de médicos de família, de enfermeiros e outros profissionais”; o “funcionamento parcial e os encerramentos temporários como na Moita ou no concelho de Alcobaça, a falta de investimento e capacidade de resposta no Centro Hospitalar de Leiria, o encerramento do serviço de obstetrícia nas Caldas da Rainha e o arrastar da construção do novo hospital do oeste”.
Mariana Rocha destacou também a “luta dos trabalhadores do setor da saúde pelas suas carreiras, salários, condições de vida e de trabalho, e o seu compromisso na defesa do SNS”. A Coordenadora da USDL salientou ainda a “intervenção e luta organizada das populações pela defesa do SNS, nomeadamente, em Peniche, no Bombarral, nas Caldas, no Valado dos Frades”, entre outros. ■