Caldense expõe minerais nacionais nos castelo da Povóa de Lanhoso

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Geólogo mostra os minerais de Portugal, a sua História e as aplicações no quotidiano
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Bruno Pontes vive naquela localidade, onde investiu no turismo e também na produção de chás, mirtilos e framboesas

Está a decorrer no castelo da Póvoa de Lanhoso a exposição “Minerais de Portugal”, da autoria de Bruno Pontes. Formado em Engenharia Geológica na Universidade de Aveiro, foi depois de começar a trabalhar como geólogo numa empresa de furos para captação de água, que se familiarizou com as questões práticas do setor.
O caldense decidiu adquirir equipamentos técnicos avançados e abrir a Hidroeste, em 2005, no Centro Incubador das Caldas. Daí para cá a empresa tem vindo a crescer. O principal foco de atividade é a inspeção vídeo de furos para captação de água, a prospeção de água com técnicas geofísicas e o acompanhamento técnico.
A residir na Póvoa de Lanhoso, foi ali que, em 2008 e em conjunto com a esposa, que é licenciada em Gestão e Planeamento em Turismo, decidiu apostar numa casa de Turismo Rural, a Quinta do Riacho, que foi inaugurada em 2012 e onde sempre expôs os seus minerais.
Dada a curiosidade que estes suscitavam, propôs à Câmara a realização de uma exposição e sugeriram-lhe como localização o Castelo.
A mostra está dividida em três partes: a História, que realça a importância dos minerais na evolução da humanidade; as Aplicações no Quotidiano; e uma mostra dos Minerais de Norte a Sul.
“Na região Oeste podemos encontrar muitos minerais com interesse no mundo do colecionismo, existindo mesmo alguns que têm uma grande popularidade, como a Selenite e a Pirite ‘Cruz de Ferro’ na região de Óbidos e os cristais de Calcite na região de Alcobaça. O monte São Bartolomeu na Nazaré é muito conhecido especialmente na área dos micro-minerais”, explica.
Para o futuro, Bruno Pontes gostaria de criar um Geo-museu focado na mineralogia portuguesa, até porque “o território português, apesar da sua reduzida dimensão, é muito diversificado a nível geológico”. O objetivo é dar a conhecer essa riqueza, sendo que os conteúdos seriam “enquadrados nos planos escolares para ser uma oferta prática aos conteúdos teóricos das disciplinas de geologia e ciências da natureza”.
Além do turismo, cuja aposta alargou em 2019 com a abertura do alojamento local Riacho Apartments, o empresário aproveitou um campo agrícola no terreno da quinta. “Decidimos plantar ervas aromáticas para a produção de chás biológicos”. Atualmente vendem os chás “Terra de Ouro” no comércio tradicional, na própria quinta e em lojas pop-up. Além dos chás produzem mirtilos e framboesas.
O caldense, que estudou na Escola Raul Proença, mantém uma ligação forte com as Caldas, que visita regularmente, “umas vezes por motivos profissionais”, outras porque a família “vive na cidade”, assinalou.

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