A caldense Sofia Marques dá cartas no mundo da Cardiopneumologia

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Sofia Marques
Sofia Marques
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Sofia Marques, 30 anos, é cardiopneumologista e trabalha no Hospital de Santa Cruz (Carnaxide). Costuma estar de prevenção ao bloco operatório onde participa nas intervenções e em transplantes de coração. Trabalha ainda todos os dias na área da Pneumologia numa clínica privada em Oeiras.
Ser médica cardiopneumologista requer que resolva problemas relacionados com o diagnóstico e terapêutica das doenças do foro cardiovascular e respiratório. Compete-lhe o planeamento e a execução de meios complementares de diagnóstico aos seus doentes. E ainda colabora na programação e execução das acções terapêuticas específicas no estudo morfo-funcional e fisiopatológico do coração, vasos e pulmões dos seus pacientes.
A jovem médica ainda tem mais uma especialidade: é perfusionista, ou seja, em determinadas circunstâncias, esta médica pode suster a vida de uma pessoa enquanto o coração está sem bater e os pulmões sem ventilar. Sofia Marques trabalha com dispositivos biomédicos que suportam as funções vitais que normalmente são desempenhadas pelo coração e os pulmões, mantendo o paciente vivo durante qualquer situação médica em que é necessário oferecer suporte ou substituir as funções cardiopulmonares ou circulatórias. A caldense é, por isso, um elemento essencial nas equipas de cirurgia cardíaca do Hospital de Santa Cruz.
Sofia Marques também se dedica à investigação e percorre o mundo a participar em congressos da especialidade em vários países. Já esteve na Índia, França, Alemanha e Espanha e nalguns já apresentou os seus trabalhos.
Um dos seus últimos artigos científicos foi publicado na revista “Salutis + Ciência – Revista de Ciências da Saúde” de Março. Neste seu trabalho, a médica apresenta um estudo que efectuou sobre as infecções pós-operatórias que representam a complicação não cardíaca mais comum após uma cirurgia ao coração e que fazem aumentar a incidência de doenças, a mortalidade e o custo total de internamento.
Segundo a médica, o número de doentes com risco acrescido de adquirir infeção após cirurgia cardíaca “tem vindo a aumentar devido ao maior número de factores de risco cardiovasculares presentes nesta população”. Entre eles destacam-se a obesidade, a diabetes mellitus, a doença pulmonar obstrutiva crónica, a insuficiência renal crónica, o acidente vascular cerebral prévio e o enfarte agudo do miocárdio.
Em Portugal existe pouca investigação sobre este tema e por isso Sofia Marques tem dado a conhecer este estudo em congressos internacionais.

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