Mariana Cadaveira, encontrou na empresa criadora de jogos digitais “mais do que um trabalho, uma experiência incrível”
Mariana Cadaveira nasceu nas Caldas da Rainha, onde também fez o seu percurso escolar até terminar o ensino secundário. A entrada em Psicologia levou-a para a capital, onde depois se especializou na área da Psicologia do Trabalho, dos Recursos Humanos e das Organizações. Começou a sua atividade profissional a trabalhar em consultoria e recursos humanos. “Trabalhava muitas horas, com muita pressão e receio de falhar”, lembra. Decidiu então embarcar numa “nova” aventura, uma missão com os Leigos para o Desenvolvimento. Despediu-se e, durante um ano foi voluntária em Angola, num projeto relacionado com a empregabilidade e o empreendedorismo, que “foi muito importante”. Mariana Cadaveira acreditava que, quando voltasse, “algo de muito especial” estaria à sua espera. E assim aconteceu. Começou a trabalhar na Miniclip, onde atualmente é Human Resources Business Partner. “Tenho a sorte de estar numa empresa que me permite fazer quase tudo, e com os meus colegas”, conta a jovem sobre a empresa líder de jogos digitais.
Criada em 2001 no Reino Unido, a Miniclip chegou a Portugal em 2010. Atualmente está em 16 localizações, em 10 países diferentes, tendo em Portugal o seu maior estúdio, com 325 miniclippers, não só portugueses, mas também provenientes do Irão, Paquistão, Índia, Brasil, Espanha ou Hungria. “Há diversidade a nível de género, etário e cultural”, conta Mariana Cadaveira, acrescentando que a média de idades dos colaboradores situa-se entre os 30 e 35 anos.
“Temos mais de 400 milhões de jogadores ativos por mês”, refere a colaboradora, acrescentando que o portefólio de jogos está a crescer, com a aquisição de outros estúdios de desenvolvimento de jogos. Em Portugal desenvolvem maioritariamente jogos de desporto e de tabuleiro.
Nas modernas instalações no Targus Park, com biblioteca, terraços, salas de jogos, horta biológica, os miniclippers trabalham agora num regime híbrido tendo de ir ao estúdio, pelo menos dois dias por semana. Com uma forte componente de responsabilidade social, a empresa disponibiliza um dia por ano para os seus colaboradores fazerem voluntariado.
A dificuldade em encontrar pessoas qualificadas leva a Miniclip a ter parcerias com universidade e a estar presente em eventos tecnológicos, e a recrutar muitos dos seus colaboradores fora do país.
“É o trabalho de sonho. Adoro o que faço, acordo com vontade de trabalhar e é uma missão, a minha missão”, resume Maria Cadaveira à Gazeta das Caldas. ■