No século XXI ainda há nas Caldas quem não tenha acesso a água da rede com qualidade e se veja obrigado a gastar dinheiro em dezenas de garrafões de água mineral por mês. As queixas são constantes nos Serviços Municipalizados. A autarquia pretende mudar a conduta numa das ruas mais problemáticas, mas uma guerra de empreiteiros atrasou a obra.

À Gazeta das Caldas têm chegado várias queixas de caldenses de diferentes zonas da cidade, relativamente à qualidade da água nas suas torneiras. Estes queixam-se de não poder beber água da rede, de ter de deixar correr a água durante vários minutos antes de tomar banho (elevando os valores na factura e em nada contribuindo para combater a situação de seca), de roupa estragada depois das lavagens e de electrodomésticos e canalizações danificados. Além disso, são obrigados a comprar filtros para aplicar nos contadores e de terem de gastar dinheiro em vários garrafões de água por mês.
Na Rua Vitorino Fróis há um caso que já em 2013 foi reportado nas páginas da Gazeta das Caldas, mas em quatro anos, pouco mudou. Alice Ferreira queixa-se constantemente da água, mas em Julho deste ano aconteceu algo mais grave. A meio de um duche, começou a sair água barrenta do chuveiro. Os sedimentos

entupiram a canalização e rebentaram com os canos, levando a uma inundação.
No mesmo prédio mora Ana Pedro, que se queixa do mesmo. Conta mesmo um episódio em que o esquentador inteligente começou a trabalhar sem água (que não passava pela canalização entupida) e que ia causando um desastre.
Do outro lado da rua mora Irene dos Santos Morgado, que além de todos os problemas já elencados, se queixa do cheiro a esgotos dentro de casa.
Também na Rua Vasco da Gama, Elsa Miguel sente problemas semelhantes há cerca de um ano. “Se deixarmos a água pousar numa garrafa, assenta e fica com pé”, contou.
Já antes, Kátia Pinheiro, que mora na Rua Garcia Resende, se havia queixado do mesmo, tendo a autarquia esclarecido que se devia a uma ruptura numa conduta.