A mesma Câmara que lançou um concurso para concessionar os Pavilhões do Parque também aprovou um projecto de conservação daqueles edifícios, no valor de quase meio milhão de euros, no caso de a concessão falhar.
Este plano B foi aprovado por unanimidade na última reunião do executivo municipal, a 24 de Abril. Pedro Ribeiro, da A2P (empresa responsável pelo projecto), deu a conhecer as soluções para estancar a degradação do edificado, estimando que sejam necessários seis meses de obras. O próximo passo é submeter este projecto ao parecer da DGPC e dar conhecimento do mesmo à Assembleia Municipal.
“Grande parte dos problemas dos Pavilhões do Parque estão associados com as infiltrações”, notou Pedro Ribeiro, da A2P. A obra que esta empresa projectou, permitirá, caso avance, “a curto prazo estancar a evolução das anomalias”, garantindo a manutenção destes edifícios por 20 a 30 anos e possibilitando a ocupação do rés-do-chão.
O projecto previa estabilizar estruturas que estejam em risco de cair e colocar vidros onde faltam. As janelas seriam tamponadas com painéis de polipropileno transparentes.
Em termos de pavimento, previa-se a reabilitação de 500 dos 5600 metros quadrados existentes. As fendas eram monitorizadas e o sistema de ventilação vedado com uma rede de aço inox, que impedisse a entrada dos pombos. As alvenarias também seriam reparadas.
Pedro Ribeiro disse que esta obra foi feita à medida do orçamento e não o contrário. “Com o dinheiro disponível, o que se pode fazer e o que é prioritário?”, foi a pergunta que norteou os técnicos. É que “para dar uso com o conforto de hoje aos Pavilhões seriam precisos 10 milhões de euros”.
A terminar sugeriu que um dia, depois da obra, os pavilhões fossem abertos ao público para conhecer o espaço e dar ideias de futuros usos ao património e falou da possibilidade de serem criados projectos, por exemplo, na área da luminotecnia, com a ESAD.