Câmara estuda forma de viabilizar construção do Teatro da Rainha

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A autarquia mantém o interesse na concretização da obra, que se encontra parada há anos
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Depois do abandono da obra, por parte do empreiteiro, a autarquia diz que está a estudar a melhor forma de a concretizar, reconhecendo que os custos serão bastante superiores.

Três anos depois de ter dado início à obra para a construção da sede do Teatro da Rainha, o empreiteiro abandonou o projeto. A paragem pela necessidade de colocação de estacaria no solo e a subida dos preços das matérias primas e mão de obra estiveram na causa desta decisão, explicou o presidente da Câmara das Caldas da Rainha, Vítor Marques, garantindo que, apesar dos contratempos, a autarquia mantém o interesse na sua concretização.
“Vamos ter de avaliar os custos que a obra tem atualmente e ver o enquadramento que podemos fazer”, disse o chefe do executivo municipal, lembrando que o valor estimado para a sua concretização era de 2 milhões de euros, mas que, dada a atual conjuntura económica, deverá ultrapassar os 3 milhões de euros.
No entanto, a autarquia continua a defender ter um equipamento adequado para o Teatro da Rainha, onde este possa desenvolver toda a sua atividade, inclusive ao nível da formação, que depois poderá ser complementada pela ESAD ao nível superior.
A obra permitirá também que o grupo deixe as atuais instalações que ocupa, no edifício da ex-UAL, que divide com a Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste, libertando assim mais espaço para a oferta formativa daquela escola.
“Estamos em fase de preparação do orçamento da Câmara para o ano de 2023 e temos de avaliar a forma de viabilizar este projeto”, disse Vítor Marques, lembrando que até à data não tinham qualquer tipo de apoio para aquela construção. Inclusivamente, a anterior gestão autárquica PSD, contraiu um empréstimo bancário para ter orçamento para aquela obra, entre outras, que não tinham apoio comunitário. A expetativa é de que possa vir a haver apoio mais tarde, no âmbito do Portugal 2030, tal como aconteceu recentemente com a intervenção na ala sul do Hospital Termal.
O lançamento do concurso para a construção da sede do Teatro da Rainha foi aprovado pela Câmara das Caldas em julho de 2017, com um projeto de arquitetura de Nuno Ribeiro Lopes. O edifício – apelidado de “caixa negra” – contempla um espaço mais despojado, com 14 por 18 metros, um grande foyer, serviço de bilheteira, bar e um último andar que se destina à parte administrativa. Inclui ainda o aproveitamento da inclinação natural da barreira que fecha aquela praça para a construção de um auditório de ar livre.
A obra teve de ser suspensa para a colocação de estacaria, uma intervenção no valor de 150 mil euros, que permitisse a estabilização do terreno para a construção do edifício. Finda essa intervenção, o empreiteiro deparou-se com dificuldades e acabou por deixar a obra.

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