CAU de Cortém continua a ter apoio estatal

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Gil Ferrão e Filipa Morgado durante a inauguração do evento que contou com uma turma de Artes da Bordalo Pinheiro
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Vão continuar as residências artísticas na aldeia de Cortém (Vidais). CAU também já se estende à cidade

A última residência artística do programa CAU 2023 terminou, a 10 de novembro, com a inauguração da exposição do artista visual Gil Ferrão, no Skatepark das Caldas. No espaço do Gabinete da Juventude estiveram objetos, vídeos e pinturas, produzidas durante a residência que teve como objetivo “construir uma ponte, uma rampa, um caminho… entre a aldeia de Cortém e o Skatepark na cidade”. Participou também uma turma de 11º de Artes da Escola Secundária Bordalo Pinheiro pois pretende-se chegar às escolas fazendo chegar aos alunos estas atividades artísticas.
Gil Ferrão, que tirou o mestrado em Artes Plásticas na ESAD.CR, já tinha trabalhado em Cortém fazendo recuperar as memórias de quem ali vive, recordando como eram as brincadeiras com corridas de carrinhos de rolamentos. Logo juntaram-se cilindros, esferas e patins e, dessa forma, “mostro aos jovens que podemos fazer muito com poucos materiais e todos podemos voltar a ser crianças e podemos experimentar diversos materiais”. E foi assim que surgiu os “Objetos Rolantes”.
Segundo Filipa Morgado, arquiteta caldense, que é coordenadora do CAU – Cortém Aldeia Urbana, este projeto, iniciado em 2021, pensa a cultura e a educação contemporâneas. Da iniciativa já se realizaram 21 residencias artísticas – com autores de diversas áreas artísticas – e 11 almoços comunitários, momentos de interação entre os autores e os residentes de Cortém. No primeiro ano, Filipa Morgado obteve o apoio de 40 mil euros da DGArtes. Em 2022 o CAU foi apoiado por bolsas do IPDJ mas sem financiamento para a produção, mas ainda assim, conseguimos desenvolver 40 atividades para crianças”, disse a coordenadora. Filipa Morgado voltou a concorrer em início de 2023 conseguir apoio financeiro da DGArtes e agora o CAU conta com 45 mil euros para este e para o próximo ano. Permanecem as residências de longa duração, outras de curta duração e ainda um projeto educativo na área da cerâmica e do design que irá juntar seis artistas. Estes irão desenvolver objetos utilitários e levar os participantes a pensar se estas ferramentas do dia a dia lhes servem ou se têm a propôr novos instrumentos. Esta ideia será desenvolvida nas escolas. Neste momento, o CAU tem dezenas de parceiros ativos na cidade e vai desenvolver oficinas também nos museus, no Centro de Artes e no CCC . “Serão artistas das Caldas que vão participar neste projeto, ligando várias entidades, através da criação dos mais jovens”, rematou Filipa Morgado. ■

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