Centro de Saúde do Vimeiro começa a ser construído

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Autarcas e populares juntaram-se para um dia de festa que marca o arranque de uma obra reclamada há vários anos

Dentro de um ano a população da freguesia do Vimeiro, no concelho de Alcobaça, vai ter um novo centro de saúde. Pelo menos é isso que prevê o projecto do novo edifício, cuja cerimónia de lançamento da primeira pedra decorreu no passado dia 23 de Fevereiro, na presença do presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), Luís Cunha Ribeiro.
O início dos trabalhos no terreno junto à igreja local, comprado para este propósito em 2004, deverá decorrer já na próxima semana. Orçado em 471 mil euros (dos quais 256mil provêm de fundos comunitários), o equipamento vem dar resposta a anseios antigos da população, que mesmo em dia de trabalho se juntou para assistir à cerimónia.
E não é para menos. De acordo com o presidente da Junta de Freguesia do Vimeiro, Daniel Subtil, “há muitos anos que não havia um investimento desta natureza” na terra. Com excepção para as escolas, todos os equipamentos que existem no Vimeiro, como a Santa Casa da Misericórdia ou as colectividades e associações, foram conseguidos com o esforço da população.“Agora chegou a vez de o Estado colaborar, dar um incentivo à população e mostrar que está presente”,

A maquete do futuro centro de saúde, uma obra orçada em 471 mil euros

defendeu o presidente da Junta do Vimeiro, que reclamou ainda a disponibilização de mais médicos para a freguesia, “para evitar que as pessoas tenham que se levantar às cinco e seis da manhã para conseguirem uma consulta”.
Na resposta, o responsável pelos serviços de saúde na área de Lisboa e Vale do Tejo deixou a garantia de que as idas de madrugada para os Centros de Saúde é algo com que a ARSLVT quer acabar. “Não é normal, não é aceitável, é imoral até, que se exija às pessoas que já estão numa fase da vida em que já deram o seu contributo à sociedade e que agora merecem descansar, que tenham que ir de madrugada para o centro de saúde”, afirmou.
No arranque de uma obra, mesmo em tempos de crise, Luís Cunha Ribeiro disse que o novo equipamento “não é um favor, é uma obrigação a quem paga impostos”. Para o responsável, “não há portugueses de primeira e portugueses de segunda” e por isso a população do Vimeiro “tem os mesmos direitos que qualquer outro português de exigir ao Estado e aos seus representantes tudo aquilo a que têm direito”.
Mas há algo a que não se pode fugir: “o dinheiro não é imenso, não há aqui nenhum saco com dinheiro por baixo, nós não sabemos fazer milagres, e por isso há que, com o que temos, fazer o melhor possível”.
Para o presidente da ARSLVT, a prioridade deve ser a promoção da saúde. “A melhor maneira de nos tratarmos é evitar ficar doentes. Este vai ser um lugar onde além de se tratar as pessoas quando for necessário, se vai ensinar as pessoas, promover a saúde, hábitos e qualidades de vida”, disse.
Luís Cunha Ribeiro deixou ainda o pedido para que não se deixe arrastar a obra. “É muito importante perceber que gastamos o dinheiro de todos, mas que o gastamos bem e no tempo certo”, defendeu.
Ainda que o prazo de execução da obra esteja fixado em um ano, o presidente da Câmara de Alcobaça, Paulo Inácio, acredita que é possível inaugurar o novo centro de saúde ainda este ano. E quando isso acontecer, a população do Vimeiro recebe um “carinho devido e justo” por parte do Estado, defendeu.
Paulo Inácio não esqueceu que há outros equipamentos de necessários no concelho, nomeadamente um centro de saúde em São Martinho do Porto, novas instalações para a Unidade de Saúde Familiar (USF) da Benedita e a reabertura da USF da Martingança.
“Não há bem mais importante na nossa vida que a nossa saúde. Podemos cortar um bocadinho aqui ou acolá, mas na saúde não se brinca”, afirmou u o autarca.

Joana Fialho
jfialho@gazetadascaldas.pt

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