Centro náutico e torres de observação inauguradas

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O novo centro náutico resulta da transformação de dois contentores marítimos e foi um investimento de 120 mil euros
Câmara de Óbidos investiu mais de 180 mil euros nos dois projetos em torno da Lagoa
O novo centro náutico localizado no Covão dos Musaranhos e composto por um posto médico, balneário, um posto de informações, casas de banho e chuveiros exteriores, foi inaugurado na manhã de 29 de janeiro.
A obra, que implicou um investimento de cerca de 120 mil euros, resulta da transformação de dois contentores marítimos e surge “pela necessidade e ambição” que existia. A infraestrutura irá servir de apoio às atividades náuticas que ali se praticam, entre as quais o stand up paddle e a natação (há um atleta do Vau que ali pratica regularmente uma distância de seis quilómetros a nadar).
O presidente da Câmara, Filipe Daniel, explicou que procuraram criar “uma estrutura que não fosse muito intrusiva” e que ficasse “integrada na paisagem”. O autarca fez ainda notar outra melhoria naquela zona, essa realizada pela Junta de Freguesia, que foi a construção de uma estrutura em madeira para albergar os caixotes do lixo existentes e assim reduzir o seu impacto visual.
Antes, a comitiva havia inaugurado outra obra: uma das três torres de observação na Lagoa de Óbidos (duas que substituem as existentes e uma nova).
Estas resultam de um investimento que ascendeu aos 64 mil euros (com apoio do FEAMP de 54,7 mil euros) e que incluiu ainda dois quiosques interativos para divulgação (junto às piscinas municipais e à paragem do autocarro, 5000 desdobráveis e oito painéis interpretativos.
O autarca notou que os postos vão além da observação de aves, admitindo que os antigos postos já acusavam o desgaste. “O anterior era mais alto, mas como temos a vista desimpedida…”, fez notar, salientando “o melhoramento com o abrigo” (ainda que também tenha admitido a necessidade de colocar uma janela num dos lados, para cortar o vento).
O ornitólogo Hélder Cardoso, do projeto Biolagoa, explicou à Gazeta das Caldas que começou a frequentar a Lagoa de Óbidos mal teve a carta de condução e que este local “abriu os horizontes em termos ornitológicos”. Destaca a importância desta zona húmida como ponto de paragem nas rotas das aves migratórias.
O projeto Biolagoa, que une o ornitólogo, a associação PATO, a Águas do Tejo Atlântico, a Câmara de Óbidos e agora também a das Caldas, começou há dois anos com contagens mensais de aves e visitas das escolas. Esses trabalhos já deram frutos, com a recolha de dados, mas também com o avistamento, por exemplo, de uma gaivota de bico riscado americana ou de um pato zarro bastardo nórdico. “Há muito mais galeirões na Lagoa do que pensava inicialmente”, partilha.
Além disso, este ano vão também realizar sessões de anilhagem científica na Poça do Vau.
O presidente da Câmara, Filipe Daniel, aproveitou ainda para chamar a atenção para outro projeto, próximo e visível da torre de observação. Trata-se de um dos bancos da rede de miradouros e bikeparking.
A autarquia obidense investiu 17,8 mil euros (mais de 15 mil comparticipados pelo FEAMP) e adquiriu oito bancos para colocar nos miradouros, seis espreguiçadeiras, 30 bancos bikeparking (com estacionamento para bicicletas), dez papeleiras, quatro mesas, uma pérgola, 58 sinais, oito vinis para bancos, 3000 flyers e ainda três outdoors. ■
Um dos novos postos de observação, construídos em madeira