Até domingo, 5 de Julho, continua patente a 11ª edição da Mostra de Cerâmica de Autor de S. Martinho do Porto. Esta tem lugar numa tenda colocada no Largo Engº Ulrich (ex-Largo do Turismo), mesmo junto à baía, numa organização da Associação Três Cês, com a participação de 12 autores de várias zonas do país.
Jean Ferrari, o presidente desta associação, durante a inauguração, no dia 27 de Junho, queixou-se da falta de apoio ao evento por parte da Câmara de Alcobaça e por isso teve que dividir a única tenda com a Feira do Livro, que está a decorrer no local.
A novidade deste ano tem a ver com o aumento de dias do evento, pois a Mostra está patente ao longo de dez dias, permitindo ao público ter duas semanas para conhecer as várias propostas da cerâmica contemporânea.
“Não há interesse no nosso trabalho para as entidades locais… Deixa-nos tristes que não haja apoio e incentivo às nossas iniciativas como houve nos anos anteriores…”, disse o ceramista lamentando a falta de apoio prometido, para a divulgação da iniciativa e para o aluguer da tenda. O pouco espaço disponível obrigou a recusar a participação de mais ceramistas e ainda teve que prescindir da participação do Cencal e da ESAD “por falta de espaço expositivo”.
Jean Ferrari comentou ainda que Caldas da Rainha e Óbidos têm revelado interesse em fazer eventos relacionados com a cerâmica contemporânea e dispõe-se a participar na organização dos mesmos. “Gostaria de discutir a possibilidade de realizar iniciativas nesses concelhos”, disse Jean Ferrari.
Na sua opinião é necessário apostar num grande evento que reúna os artistas plásticos, arquitectos, designers, os ceramistas e ainda os ateliers e fábricas de cerâmica caldense E onde? “Poderia ser nas Caldas ou em Óbidos… Ou então numa zona de fronteira até…”, disse realçando que é preciso apostar num sítio “grande” e em que se poderia aliar a gastronomia e a música. “Creio que temos que apostar neste direcção e poderia realizar-se em qualquer altura. A porta fica aberta, falta agora o apoio das entidades locais…”, disse o ceramista francês residente em S. Martinho.
Este explicou ainda que a maioria dos autores, nestes tempos de crise, vê-se forçado a ter uma segundo ocupação, tendo impossibilitado a participação de alguns profissionais nesta edição da Feira de S. Martinho do Porto.
Nesta iniciativa estão patentes obras de Ana Sobral, Carlos Lima/Xana Monteiro, Carlos Neto/Ana Lousada, Mário Reis, Miguel Neto, Nadine Gueniou, Paula Violante e Umbelina Barros/Pedro Silva. Pela primeira vez marcam presença Elizabete Leitão, Marco Fidalgo e o Atelier Todd Ferrari.
A exposição-venda pode ser apreciada entre as 10h00 e as 23h00 até domingo e as entradas são livres.
N.N