A candidatura, de 900 mil euros, conta com apoio financeiro das autarquias das Caldas da Rainha, Bombarral e Torres Vedras
O Centro Hospitalar do Oeste (CHO) fez uma candidatura ao Programa de Incentivo Financeiro à Qualificação do seu bloco de partos, na unidade das Caldas da Rainha. Esta candidatura visa a requalificação das infraestruturas e a aquisição de equipamentos, tendo por objetivo a melhoria das condições em termos de qualidade e da segurança para grávidas, recém-nascidos e profissionais de saúde, contribuindo para a humanização dos cuidados prestados.
De acordo com o CHO, a candidatura, elaborada em menos de 30 dias e que se encontra para análise, conta com a manifestação de apoio financeiro complementar por parte das Câmaras das Caldas da Rainha, do Bombarral e de Torres Vedras, para além do reconhecimento da OesteCIM. No caso das Caldas foi disponibilizada uma verba de 325 mil euros, “que é pouco mais de um terço do investimento total, que é de 900 mil euros”, explicou Vítor Marques à Gazeta das Caldas. Já antes, em maio de 2021, a autarquia tinha formalizado um protocolo com o CHO, que incluiu o apoio na realização de obras e aquisição de equipamento para o serviço de Obstetrícia, no valor de 400 mil euros. “Num investimento total de 1,3 milhões, o município das Caldas coloca 725 mil euros à disposição do hospital para ter obras na maternidade e obstetrícia”, explica o autarca.
Vítor Marques realça que esta é uma competência do Estado central, no entanto, faz notar que se não fosse o apoio dos municípios poderiam estar em causa estas requalificações que são necessárias para dar resposta aos munícipes.
No total, candidataram-se a esta linha de financiamento 33 unidades hospitalares, totalizando o valor total das candidaturas 36 milhões de euros. No entanto, o valor total global disponibilizado pelo Ministério da Saúde é consideravelmente menor, na ordem dos 10 milhões de euros. A avaliação sobre quais os blocos de parto que obterão financiamento cabe à direcção executiva do Serviço Nacional de Saúde, “sem prejuízo da intervenção” da Administração Central do Sistema de Saúde IP, refere o despacho assinado pelo secretário de Estado da Saúde.
Nos últimos meses a Urgência de Ginecologia e Obstetrícia do CHO tem estado encerrada por diversas vezes, funcionando de acordo com o previsto no Plano de Rotatividade implementado pela direção executiva do SNS. ■
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