Primeiro era o Centro Hospitalar das Caldas da Rainha desde os anos 70. Depois passou a Centro Hospitalar Oeste Norte (CHON) com a integração dos hospitais de Alcobaça e Peniche. Agora deverá ser apenas Centro Hospitalar do Oeste (CHO) juntando-se-lhe Torres Vedras. Com uma grande diferença: o centro de decisão poderá sair das Caldas e ficar no hospital torreense.
A nova reorganização das unidades hospitalares que está a ser desenhada pelo governo concentra Alcobaça, Caldas, Peniche e Torres Vedras num único centro hospitalar, com respectiva redistribuição de serviços e especialidades médicas, mas também com uma partilha das competências ao nível de gestão e administração.
Com a inauguração recente do hospital de Loures, o de Torres Vedras fica apenas a 20 minutos de uma unidade hospitalar de categoria superior.
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo diz que “ainda não há qualquer decisão” e escusou-se a explicar à Gazeta das Caldas onde ficará a sede do futuro CHO. Uma resposta que deixa tudo em aberto e que vai manter nos corredores do hospital caldense – onde o assunto tem sido amplamente comentado – a suspeição de que o hospital das Caldas poderá, 500 anos depois da fundação do hospital termal que lhe deu a génese, ficar na dependência de Torres Vedras.
A isso não será alheio o facto daquela cidade ter mais votantes e políticos locais com mais peso junto do poder central.
Um processo que mal começou e sobre o qual as forças vivas locais poderão ainda ter uma palavra a dizer na sua condução.
C. C.