As avarias começam a ser sucessivas e levam à supressão de comboios na Linha do Oeste
As recentes supressões de comboios que se verificaram na Linha do Oeste vêm confirmar as preocupações da Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste (CPDLO), quanto ao estado do material circulante que continua sem ser renovado. Esta comissão, que já manifestou, publicamente e junto do Secretário de Estado das Infraestruturas, volta a alertar para o assunto, numa altura em que as “avarias nas UTD 592, conhecidas por “camelas”, começam a ser sucessivas. Estas levam a supressões de comboios que, na Linha do Oeste , “têm consequências dramáticas para os utentes, tendo em conta o intervalo de tempo entre cada comboio”, denunciam em comunicado.
A comissão lembra que a frota de automotoras colocadas na Linha do Oeste, em 2018, tinha um prazo limitado de tempo de operacionalidade, sem que se acumulassem as avarias, e que logo na altura alertou para a necessidade de aquisição de novo material circulante. No entanto, esta “urgência não foi considerada” e as “consequências estão à vista”, refere a comissão cívica, dando nota dos custos envolvidos no aluguer das unidades a Espanha, por mais três anos.
“E mesmo que se juntem às UTD 592, algumas UTD 450 renovadas, segundo foi transmitido à CPDLO, pelo Secretário de Estado das Infraestruturas, a provecta idade de todo este material, impõe a sua substituição por novas composições”, concretizam.
A comissão reafirma a necessidade de o governo assumir “que o investimento na Linha do Oeste, é fundamental para o desenvolvimento económico e social da região afetada por este eixo ferroviário, com mais de um milhão da habitantes a quem deve ser garantido o direito à mobilidade”. ■